Em espirais sinto o universo me levando.

No silêncio das estrelas contemplo a imensidão da minha ignorância 

De mim, do conhecimento do mundo.

Num impulso, num encontro

Encontro a mim mesma pra transmutar

Minha história 

A sua

De todos que se encontram no caminho dos "despertos". 

Observo encontros, 

observo quimicamente meu corpo... 

Nada tem de diferente entre o que contemplo na madrugada silenciosa e o que contemplo de "meus" pensamentos ou sensações.

São vento, são estrelas, fluxo de energia. 

Que vem, quero agarrar 

As vezes o mundo é uma batalha. 

Mas essa batalha pode se transformar em mágica. 

A magia de transmutar, de se perceber, seguir flutuando no éter da existência 

Na volupsciencia da Verdade

Na espinha ereta e no coração tranquilo 

Deixo fluir o silêncio 

Ecoa

Ecoa

Ressoa.

Vos sinto a distância

Vos sinto através do oceano 

Voa sinto através das galáxias e do multiverso. 

Observo o eco que resssoa no vazio da existência

Observo o eco que ressoa no vazio da existência

Observo o eco que ressoa no vazio da existência 

Viver o/um amor não é viver apaixonado 

Ser amor é

Ser presente

Ser atenção, ser ouvinte

É esvaziar-se pra deixar o outro ser 

Sem se incomodar.

Pois já não existe um eu, somente o Ser

Amor é ser silêncio pra ser reflexo 

É deixar o silêncio manifestar a Verdade.

Se até mesmo o silêncio pode ser compreendido de forma errônea, quem dirá a palavra, que atribuímos conceito e forma, universos e olhares diferentes. O mundo é um caos e o milagre se manifesta em conseguirmos viver em sociedade assim.

Morte ao eu

Não por fuga

Mas por encontro 

Pare de erotizar Yoga

Pare de erotizar Pole Dance 

Pare de erotizar Artista

Pare de erotizar gente que se cuida 

Pare de erotizar o Nobre Silêncio

Pare de erotizar o Ser Realizado

Pare de erotizar o Celibato.

Pare de erotizar a Simplicidade

Pare de erotizar a Verdade

Pare de erotizar a Poesia

Pare de erotizar a Música. 

Isso é Arte. Isso é Meditação.

Arte traz mais gozo do que sexo.

Meditação traz mais gozo do que sexo.

Pare de erotizar o Sagrado 

O ser realizado transcende matéria, tempo, espaço. 

E mesmo essa transcendência é vazia 

Pois a palavra é a negação do silêncio

E somente no silêncio é que se é Todo.

Em que ano será comecei essa busca desenfreada por algo que não existe? Pelo Eu. Pela essência? 

Não há nenhum dos dois. O que existe é somente o presente e os desdobramentos da vida no agora. A existência não tem nome nem forma, começo nem fim. Assim como a não existência tem forma, tem nome e forma, começo e fim 

Tornar-se

Parir-se

Descamar tanto

Se permitir tanto

A não restar uma única pele do 

Antigo que me identificava como eu.

Frágil, pequena, renasço no mundo

Mal tenho forças pra me levantar do solo

Mas quando o sangue toca minha cabeça

A força da vida se manifesta.

Pode ser que eu não saiba o que é amor. 

Mais uma vez eu percebo e sinto tudo com intensidade. Viemos pra Terra como humanos, no encontro de espermatozóide e óvulo. Nascemos. Deixamos pra trás nossos irmãos e nossa plenitude. Vivemos como humanos procurando essa plenitude que contamina o ser. Achamos que a plenitude está no outro, mas antes disso está em nós. Pq quando se preenche e se ama tão profundamente, ama ao outro de tal maneira a deixar livre, a ser livre. A não ter expectativas ou sonhos. Somente é. Toda eternidade naquele momento. Pq vou temer a morte sendo que contemplo a eternidade se manifestando segundo após segundo? Pq vou temer sendo que com a consciência atual observo meus pensamentos e ano conforme a verdade que vivencio? 

Tá doendo ser de verdade, pq sinto imaturidade de mim em me ver assim, em me compreender no mundo em me relacionar no mundo assim. Meu peito dói, lágrimas caem aos meus olhos. Pulsando, trincando meu peito, rompendo, descamando. É o caminho mais belo a seguir

Por muito tempo, nem sei de quantas eras, eu estive rejeitando essa essência transbordante da arte, de ser, manifestar.isso seria o equilíbrio? se eu deixar de ser eu, estarei vivendo às sombras dos agregados. ela costumava transformar a dor em arte, em manifesto de socorro pra ela mesma se salvar. pra dar forma e olhar para aquilo de frente. De frente. Em frente!

seja você. você conhece os fatores dos agregados que te levaram a ser quem é você, mas quem de dentro de você permitiu isso ou aquilo? esses pulsos de interesses estão longe do entendimento da manifestação. essas são suas ferramentas e você as escolheu para se iluminar. e mesmo luz e sombra são opostos de mesmo nível. esteja no caminho do meio. seja, caminhe, pratique o aqui e agora 

o questionamento doentio

o questionamento doentio

de tentar compreender o ser,

a existência.

tudo pulsa

num movimento que dilacera o espírito.

silencio e ainda sim a apatia me

abraça. feito serpente deliciando-de com a presa.

alguém aqui, quase rejeitando um sorriso

que surge tímido ao contemplar a morte,

a falta de ar.

Talvez a sombra já não seja mais a mesma

Ego - resiliente - insiste em me afundar

pleno. espaço. temp(l)o. plano incerto. 

o questionamento doentio da

transmutação do velho pro novo...

forjar um batalha ou

forjar um silêncio em contemplação 

de estados que ressoam vazios na cas(c)a.

vazio. silêncio. e a dor da ilusão.

Carta para os seres que buscam

Queridos seres que habitam o aqui e agora, que estão viajantes, que me percebem e pedem socorro:

Estarei nestes planos para vos ajudar a encontrar vossos próprios caminhos. Compreendo que todo ser que se manifesta como ser humano foi nascido para trazer luz e vos ajudar a encontrar o caminho da Libertação. Você já está liberta, mas ainda é um bebê nessa nova jornada, acaba por se identificar em meio a tantos seres que passam por sua trajetória. Paciência com este canal.

Ser humano diz:

 - Como posso eu entristecer-me quando o outro age de forma distinta aos próprios preceitos que acredito de vida - a verdade - se todos estão caminhando na mesma jornada? Que a verdade absoluta é irreal? Posso simplesmente oferecer Amor e Perdão para que esse ser os compreenda e os sinta, assim junto com a Libertação. Ofereço isso para que esse ser não saia mais machucado do que chegou. 

Sinto que sua luta já não é mais na matéria. Esse plano é somente um meio para uma jornada muito mais profunda. A intuição já sente o caminho para trilhar. Não há porquê angustiar-se em tentar compreender por onde precisa ir. O caminho já se manifesta no Aqui e no Agora. Apenas perceba a Realidade e todas respostas serão entendidas. 

Para os seres humanos e todos seres que ainda se identificam em suas cascas: 

Querida! Coragem e fé. Estou contigo. Entregue-se, rompa-se da velha e de espaço para a nova. Transmute. Quanto mais transmutar, mais energias densas e profundas serão trazidas para a superfície. Esteja limpa, esteja alerta, atenta e vigilante. Lembre-se de estar aberta, fluída como o rio para perceber a poeira como poeira quando tudo vier a tona. Os seres precisam de ajuda. A chama de sua vela pode aquecer-lhes o coração, oferecer-lhes a esperança. Lembre-se que essa chama não se finda ao compartilhar. Ela só é, sem começo nem fim. Confie. Os seres de Luz também te oferecem a chama para ser contigo. 

Cuide-se. Estamos todos conectados. 

Coragem em vossa jornada.

Gestação de mim mesma

Gentilmente abro meus olhos, contemplo a casca caindo como folhas ao chão. 

Rompendo, rasgando, sangrando, curando todas as ilusões com o sangue mais sagrado. 

O sangue da vida - morte - vida. 

Sozinha, sinto a brisa sussurrando na pele.

No espaço, as folhas se remexendo

O ser, imóvel, profundo, pleno. 

Sendo com o Todo e com o Nada.

 Dentro de mim, preencho-me da mesma brisa que lá fora se remexe. 

Na doçura da natureza contemplo a própria natureza do não-ser - Anatta.

Lágrimas quentes deslizam como um carinho sobre o rosto. 

Tocam-me os lábios como o beijo mais amoroso que eu poderia sentir. 

Poderíamos dizer que é hora de partir, mas a jornada é em qualquer plano. Não há começo nem fim, nem chegadas ou partidas. Apenas o contato com a existência a partir dos sentidos com a consciência que temos no agora. É hora de agradecer pelo que já se manifesta e o que não se manifesta. Pois aqui é tudo onde você mesma se levou a estar. 

Se queres se libertar...

O caminho da libertação pode ser acessado por várias vias. Mas algo que une essas vias é o desenvolvimento da Atenção Plena, da concentração, não julgamento e equanimidade. Preste atenção no que escrevo. Só se pode ser e estar liberto quando você não está se julgando bom ou ruim, quando não há amarras inconscientes que te prendam para você avançar. Quando você está na vida sem dar ou permitir que o outro tenha domínio e poder. Mas, observe se está de acordo em caminhar no Nobre Caminho. Somente quando você se conhece como um Todo é que pode levar luz aos escombros mentais. Não há separação entre o eu e o outro. Não há separação entre o eu e a sociedade

 Como conseguir integrar o novo e o velho? Como integrar as novas visões de mundo com as que eu via antes? Como viver a integralidade de corpo-mente-espirito na sociedade ocidental atual?

Sou uma pessoa com memórias de alguém que conheci como eu. Por um lado essas memórias parecem que falam sobre mim, mas é na verdade sobre alguém que constituiu minha existência e que não define quem eu sou agora. Aquela perspectiva de mundo, aquelas sensações, aquelas ignorâncias pertencem ao eu de 10 anos atrás. Me permito viver no aqui e agora. Me permito ver o futuro. Me abro a experiências passadas sendo revividas no agora. Tudo está mudado. Tudo. Eu e a ciência. 

Não é da quarentena que estou falando

Me sinto introspectiva

De tal maneira que não me sinto 

digna de conversar ou de 

Receber atenção

Vivi o dia desejando companhia

Pra tomar cerveja ou açaí 

Mas fui me acostumando 

Com a própria solidão. 

Alguém me olhou e me sentiu 

Mas eu mesma já não vi 

O mundo que me rodeava.

Era tão somente a respiração 

Leve e insuficiente

E um nó na garganta de

Estranheza e contentamento 

Com o longo silêncio

 Não mais sufocou

Apenas preencheu. 

 Quanto tempo leva pra uma pessoa ser capaz de ver a outra de verdade?

O Falecimento do Patrícia

 A vida acontece em algum lugar, eu não sei onde eu estou com a cabeça pra estar simplesmente sobrevivendo com migalhas de memórias velhas do que costumava ser eu. O eu se transformou em alguém que hoje é minha casa, mas vive com a cabeça no passado, no apego da vida mundana que se acelera lá fora. Parte de mim respeita e vê a vida como ela é hoje. A outra parte grita desesperadamente por um centro urbano cheio de gente, de sorrisos, barulhos e música. Isso talvez seja só uma velha lembrança do que costumava ser eu. 

Eu muito me assemelho em sua loucura

Deve ser por isso que tanto te afasto 

Tanto repulso.

Deve ser por isso que eu tanto te amo a ponto de querer te salvar

Quando na verdade eu nos enterro. 

Olho pro teu vazio e tuas dores

És somente tão comigo 

Eu e você

Juntas na cova na existência. 

Onde deixei meu sorriso? 

Quando olho teu reflexo, vejo uma nuvem

Que me arrastam pra dentro do oceano profundo das incertezas  

Acho que no fundo o meu amor é somente pra querer te resgatar e fazer você se amar. É eu te amar te tal maneira que você se empodere e siga seu caminho liberto, feliz, sendo você e não só um dado no meio da jogada. É eu usar minha sedução pra estabelecer um contato contigo e a partir disso te mostrar um pouco de luz, de amor. 

vou deixar aqui um possível amor em aberto.

um possível amor encoberto nesses olhos melancólicos

nesse sorriso disfarçado.

vou deixar aqui  uma paixão à distância 

que contempla teus versos

tua habilidade de tocar.

pois quando versas, tocas minha profundidade

tocas um ser que há muito eu havia esquecido em mim:

eu mesma.

 

o que é a paixão se não 

uma das facetas do resgate de nós mesmos?

do resgate do amor próprio?

 

de amar-se de maneira tão intensa

 a desejar compartilhar a alegria de viver? 

 

esses pirilampos que observo de ti

teus versos, tua intensidade, tua sabedoria...

observa-me?

 

quando versas, sinto teus dedos 

tocando meu corpo muito além da matéria

e desejo tão somente que encontre a liberdade 

seja tudo isso

que seja você. 

Hoje eu não contemplo o Amor.

 Como posso perceber teu amor, se minhas sensações não captam as moléculas orgânicas?
Como posso amar-te quando mato a mim mesma?
Como posso contemplar-te sendo que minha visão estremesse todas as manhãs ao nascer do sol?
Mereces um mundo maior, a Verdade, a fidelidade, companheirismo. Mereces expandir-se, acessar outros pontos dentro de si que eu não consigo acessar ao teu encontro.

Percebes que o que te ofereço são migalhas da minha existência?
Ofereço-te todo o meu vazio. E nesse vazio não percebo a materialização do ser.
Se contemplas meus olhos, percebe somente o abismo das sombras, afundando num oceano escuro de incertezas, e uma ponta de curiosidade para saber o que há do outro lado da terra.
Até quando permitir-se-a de uma esperança tão rasa quanto o vento causado pela dança frívola de uma borboleta?
Até quando viveremos essa entranha de mundos estranhos tentando compreender-se?

Até quando permitiremos um suposto mergulho profundo de história que não há um avanço concreto, se não projeções de um passado-quase-longínquo?

Minha existência vacila e com ela todas minhas certezas.
Serei capaz de verbalizar meus medos e dores quando precisar ficar sozinha e retirar-me em silêncio para compreender meu ser?

 obrigada pelo vazio que voce trouxe nesse encontro. eu buscava teu ser, e mostrou-se assim superficial. teus olhos gentis e doces mostram o que? apenas um jogo de sedução? teus olhos, esse abismo, apenas me fez observar o vazio que há em mim refletido no seu ser. o que eu busco? esse vazio, essa dor constante.. aceito migalhas como um cão esfomeado. quando peço que me leia e que me ouça é para desnudar-me minha alma,ressignifcar minha existência, tocar no lado mais profundo. luz e sombra se fundem num eterno bailar de uma dança frívola de borboletas.

o vazio é o todo e o todo é o vazio

me sinto uma farsa. 

Hoje já não suporto a dor de existir nesse corpo-mente limitados. Limitados pela consciência que tenho tido, deixado expandir. 

Onde encontra-se o ser infinito e vasto preenchido de si, de sua existência? 

Minha carne apodrece junto com essa alimentação-veneno que me alimento a cada dia. Quem dera que larvas consumissem a mim e os sorrisos. 

apenas memórias fracas, misturadas com um pouco de criação residem aqui pra suportar a mentira de ser, suportar o peso da existência.

Onde encontra-se a manifestação e manutenção do novo ser recém-criado? 

Vai quase um ano de quando conheci algo que chegou a ser a integridade dentro de mim. Pelo encontro de um outro ser, pude ver a completa realização de mim mesma por mim mesma. 

O que me trouxe a liberdade me aprisiona. 

Sempre em busca da Verdade, encontrei-a. Nos lugares mais íngremes e insórdidos da mente...

            Cada dia saboreio um pouco de suas vertentes.

 Quem sabe a loucura me leve embora antes que eu possa perceber o último raio de sol tocando os pelos do "meu" gato Charlie.

A eliminação do antigo ser é uma caminhada por pedras pontiguadas. 

sangra até seus órgãos. Esvai-se toda consciência...

vai até o limiar da dor por não suportar mais: ob-ser-var-se.

Que eu seja forte pra resistir mais um dia viva. Pra resistir a vontade de atirar uma bala no crânio.

EU SOU. SO HAM.

Foram-se 25 anos de uma existência que dia após dia vem ressignifcando sua existência e tentando ob-ser-var-se. Apenas um dia na eternidade. Ela mea como um ser, apenas um ser dentro da eternidade. O que é essa dor na eternidade, o que é sua existência na eternidade? Um sopro e toda eternidade em si. O paradoxo de ser humano. 

Schnitke Cello Sonata

Por mais que mude, a busca continua. Sempre caminhando, saindo de um degrau indo pra outro. A ignorância ainda permeia meus dias. Penso quando isso um dia irá findar. Verdades são meia verdades. O vazio é o todo e o todo é o vazio. Que busca é essa pelo ser. Ser é tempo, como diz Heidegger. E o que se faz com esse tempo? Algo com amor.

por trás de vários rótulos estipulados por somente ser, se manifestar, por aparentar algo, existe um ser. existe um ser pensante que ainda carrega dores profundas. há dias que contemplo a imensidão da vida e das possibilidades que há em mim. há outros dias que sinto minha existência tão inefável, tão fugaz, que um tiro em minha cabeça serviria pra descançar. pra descansar basta fechar os olhos e ausentar-se de si. por trás dos rótulos estioulados por somente se manifestar, eu resisto. eu persisto. vejo a luz e a sombra numa dança cambaleante. meus ouvidos ouvem a frequencia aguda que embala os movimentos serenos e horripilantes. as vezes me embalo como observada. as vezes me retiro pra observar.

"A música mesmo sendo constituída majoritariamente por sons, ela alcança e penetra lugares profundos, obscuros e silenciosos de nossa mente. Ao ouvir um obra, ao contemplar a arte musical, estamos silenciando o ego, silenciando as camadas mais superficiais do eu, deixando de lado o julgamento e passamos a nos abrir para a experiência de contemplar e acessar a infinidade da nossa existência." - Carla Xavier (Direitos Autorais Reservados)

Caverna da Depressão

As vezes parece que é só dor que eu tenho pra oferecer. 

As vezes parece que é só sombra e escuridão que eu vejo na meditação. 

Mas não é só isso.

Porque eu não sou "só" isso.

Eu sou humana, sou impermanente. 

Então mesmo quando a pedra da caverna estiver difícil de ser retirada da entrada 

Eu farei o que posso pra me levantar do túmulo...

E se eu não conseguir remover a pedra 

Espero o outro dia chegar.

Cansada e triste, pixo mais um desenho absurdo 

Sinto o corpo miúdo em tamanho depressão mental

Enquanto isso ainto a respiração sufocante. 

Amanhã vai ser o outro dia. 

E não é necessário esperança de que dias melhores virão, porque virão de qualquer forma. 

Só basta estar atenta aos sinais.

Quando a depressão não estiver aqui pra consumir meu eu,

Serei capaz de ver o dia brilhando lá fora

E até mesmo num dia cinza, eu estarei feliz. 

Quem é esse ser que habita num corpo que chamo de casa? O que é o ser? O corpo é um meio onde o espírito se manifesta. Nessa busca, nesse caminho de questionamentos, sofrimento, indagações com a existência humana, caminho com pés cansados, machucados mas com a mente curiosa a descobrir respostas. Respostas essas que são sutis à compreensão humana, sutis que podem passar despercebidas. Sutis como uma folha que cai lentamente da árvore e toca o chão como um sinal de carinho. Caminho pela realidade, caminho pelo aqui e agora com o olhar a frente. Contemplo o silêncio da minha boca e os ruídos da mente inquieta. Caminho por um deserto seco. Contemplo a imensidão do deserto que caminhei e o tanto mais que ainda há a percorrer. Mas todo deserto há um fim. Nem toda paisagem é composta de deserto. Continuo caminhando e certamente a passagem se modifica para o encontro de uma floresta, um riozinho, a sombra de uma árvore. As únicos sombras que encontro agora são as do ego. São as sombras que a luz do sol incide sobre um corpo e contemplo as sombras na areia. Contemplo, respiro, aprendo com os mestres. Silencio e caminho.

Silencia teu coração cansado. Silencia e leva amor aos escombros mais profundos da tua mente. Olha tuas cicatrizes: aparentemente foram outros que as causaram em ti, mas tu mesma(o) permitistes que te tratassem assim, de forma tão negligenciada. Silencia o teu coração e leva amor a todos os seres. Por amor, leva compaixão a ti e aos que te rodeiam. Para aqueles que estão longe, para aqueles que você não gosta, leva amor e compaixão também. Leva teus sentimentos de cuidado aos que estão nos cargos políticos. Já parou pra pensar que eles também são seres humanos, com medo, cicatrizes ou até mesmo feridas abertas? Já parou pra pensar que eles também querem cuidar da família deles assim como nós? Que eles e nós estamos todos com um véu na frente dos nosso olhos impedindo-nos de ver a Verdade? Agimos pelo ego, agimos pela ignorância, eu e você e eles. // Isso não invalida nossa evolução nem nossa caminhada. Isso não invalida a oportunidade de sermos melhores a cada dia. Por isso, silênciemos o coração para levar amor e luz aos escombros mais profundos do nosso ser para transmutar a matéria, a ignorância e então exteriorizar o Ser Verdadeiro.

Carta a um irmão de vipasana

Boa noite.

Peço licença para lhe escrever algumas palavras: 

saudade estranha que pulsa em minhas lembranças.

saudade do que eu poderia contemplar no teu olhar.

uma luz. um mistério, um toque no meu inconsciente. 

um sorriso em meio a mata e um céu azul

invadiu meu ser, e fluímos.

silencio, te contemplo. 

vejo meu reflexo estampado na tua existência.

 a dor de conhecer as sombras.

 a dor de querer ceder, dar um passo em sua direção. 

o cuidado prevalece. silêncio

continua sendo uma dor morar nesse corpo.
continua sendo uma dor tentar acompanhar essa mente inquieta, que me ilude.
até aqui tudo se perde.
como dissernir o eu do ego?
como saber o que é real no campo da existência e da materialidade?
sendo que tudo está fundido, sem uma perspectiva real pra tirar a prova real do que é o real.

hoje foi um dia dolorido.
daqueles dias que contemplo o céu azul lá fora, mas dentro de mim está cinza, está negro e palpitante.
não tanto. às vezes surgem uns pirilampos coloridos.
mas o padrão da mente continua a me arrastar pro fundo do poço.

se sento em meditação, lágrimas correm em meu rosto, falta-me ar.
me perco. me encontro na respiração. me perco novamente.
dou um sorriso amarelo no canto da boca pra lembrar que a mente é divagente e retorno minha consciência na âncora.
pratico o auto respeito.
pratico o auto amor e a auto compaixão.

pobre deste corpo que sofre fisicamente de todas as ilusões que a mente cria, 

que a mente cobra para ser assim ou assado,
que a mente maltrata.
que a mente faz de escravo das suas artimanhas.

como cuidar desse corpo, como cuidar desse templo para receber com carinho e paciência a maturação do ser?

a ansiedade por compreender o caminho, a ansiedade por sentir o ser completo vai perdurar machucando esse coração frágil. tudo é mais simples. tudo é mais sutil. a vida pulsa aqui, na minha frente, nessas floras, nessa árvore que toca o vidro da janela, nas passadinhas do gato que mora comigo. porquê temer?

Caminhada solitária

silencio a boca, mas a mente continua agitada. 

planos.

dias e horas passam, escorrem, 

me carregam consigo 

e quando percebo, já perdi a consciência. 

mas que diabos é essa mente instável que se distrai com qualquer coisa? 

já é de meu conhecimento que a mente divaga. 

agora, nesse silêncio penetrante de uma quarentena, 

percebo esse velho hábito da inconstância, 

da falta de planejamento. 

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quase como a mente de um gato, que se distrai com qualquer papelzinho que vê no chão, eu me deixo levar por essa mente etérea. mas ah! uma coisa é certa: no meio de tudo isso há sombras que não querem ser encaradas. é assim que a mente está criando desculpas pra não silenciar e permitir a exteriorização do Eu verdadeiro. são tantas as desculpas. são tantas as distrações. 

me parece que todo controle que eu posso ter desse ser humano (des)integral esvai pelos vãos dos dedos. me deixa nua, me deixa exposta, perdida no deserto da ilusão. dunas de areia cobrem meu rosto da verdade. 

e sabe de mais uma coisa? nisso tudo também há cobrança. a cobrança pelo ser ideal. por quê eu tenho que estar produzindo? por quê eu tenho que estar estudando? porque esse grande sonho permeia minhas meditações, e pensamentos sendo que a vida de realizações e conquistas acontece no silêncio de uma meditação profunda e não pelos títulos acadêmicos ou pela quantidade de dinheiro que há em minha conta.

é que sempre depois de uma meditação profunda, vem os insights. depois que um suposto ser que chamo de eu, teve uma suposta iluminação, dá vontade de viver, de viver coisas diferentes. é partindo dessas vizualizações e especulações do futuro que se cria toda a vontade de correr atrás dos sonhos. querer viver a abundância da vida e da manifestação material. a abundância da ajuda, de compartilhar a felicidade, de continuar evoluindo, de continuar se conhecendo a nível material. a abundância de saúde, de qualidade de vida. de trabalho. de amigos. de títulos acadêmicos. de natureza. de verdade.

está tudo bem. é um processo evolutivo. o objetivo da vida não é o destino, mas sim o caminho. é no caminho que se constrói a vida.

Maringá, 06 de abril de 2020

Já estamos há 17 dias de quarentena. Me sinto mais tranquila, calma e serena. Tudo acontece pois precisa acontecer. Que maravilha poder ficar em casa e me ouvir. Lidar com as sombras internas. 

Hoje saiu um decreto que alguns setores do comércio poderão reabrir em horários e dias específicos e todos terão que sair de máscaras na rua. 

Tive alguns dias bem difíceis de lidar com a anorexia e a repulsa pelo meu corpo. Tem dias que parece que não sou eu mesma. Mas é. Só que é um ser antigo, lá de uns 9 ou 11 anos atrás, que não recebeu amor nem foi entendido direito. Que queria caribhoz compaixão e não teve. E foi se diminuindo, foi se silenciando pra poder fazer a vontade dos outros. Onde sua vontade foi trancada. 

Sinto que tenho algo de altruísmo em mim, mas as pessoas já abusaram disso por muito tempo. Então agora sinto que preciso desse altruísmo pra mim mesma. Pra mim é mais fácil eu cuidar de mim se isso for fazer um bem a outra pessoa só que o em feito por mim pra mim mesma. 

Nesses últimos dias que tive uma crise forte, eu pensei em parar de comer pra emagrecer, e também eu estava pra ter um surto psíquico. Mas só de pensar que eu teria que ser internada, estaria tomando soro e estaria na maca, tomando lugar de alguém que estaria precisando mais do que eu, no caso de internamento por covid-19, eu respeitei fundo e me alimentei. Tentei me alimentar de forma mais saudável. 

Desde ont, Dia 05/04/2020 comi melhor e fiz exercícios.

Também fumei um pouco planta medicinal pra aliviar a ansiedade e dores no corpo

Pratiquei yoga. 

...

Ontem como foi um dia muito bom, tive muitos insights positivos sobre coisas a estudar, línguas, revi meus sonhos pro futuro e tudo mais. São tantas coisas pra estudar, os caminhos são tão lindos que meus olhos brilham e fico com a face mais encantada e serena pela vida. 

Só falta eu me organizar pra conseguir dar conta de tudo. 

tudo é um grande ciclo. eu vinho observando meus ciclos quando tinha 14 anos pra frente e ont descobri que os maias já estavam sintonizados com as fases cíclicas. dos átomos. E tudo bem. Tudo bem mesmo. fico feliz em estar consciente. Fico feliz em saber que tudo está bem pois estou conectada as leis do universo e com a verdade.

Acho que tenho saudade de escrever poemas e poesias. Algo no meio do caminho me fez desistir. Na verdade foi eu mesma em reação a algo que aconteceu no meio externo. Com paciência e tranquilidade eu observo.

Também parei de ler poemas e poesias e livros que me atiçam a criatividade pra eu me expressar. Paciência. Calma. Serenidade. Está tudo bem. 

Maringá, 26 de Março

Olá! 

Hoje o dia amanheceu incrivelmente lindo, com temperatura a 28°C. Acordei 11:53 e estou assistindo Ricky e Morty. Agora começo a sentir efeitos colaterais de uma quarentena. 

Ontem. Eu experimentei algo sobre desejar a liberdade e a noite eu tive uma sensação ruim e triste de estar sozinha aqui no apartamento, enquanto meus pais estão cada um sozinho nas suas casas na minha cidade natal. Também não estou produzindo muita coisa.

Não consigo ter estudo consistente.

Não tô compondo nem dando aula

Não tô aprendendo nada sobre marketing digital 

Não tô desenvolvendo nenhum conteúdo de música ou história da música.

Ontem eu quis me culpar.

Conversando com o W. Ele me lembrou que eu só preciso me manter viva e dentro de casa, porque é assim que se luta essa guerra.

Hoje, eu acordei umas 7:40 e quis desesperada sair pra tomar sol e correr lá fora. Até ia inventar qualquer desculpa pra ir no mercado mas ainda tenho um pouco de comida aqui em casa. 

Haja paciência e sanidade mental.

Eu recebi dois telefones de psicólogos que estão atendendo por telefone de forma voluntária mas ainda não liguei lá. Porque parece que sei o que eles vão falar e eu mesma acabo diminuindo o que estou sentindo e o que estou passando... 

É. 

Estou com alergia aqui de poeira e pó. 

Eu aumentei o consumo de farinha branca e massa branca e isso tá contribuindo diretamente pro aparecimento dessa alergia. 

Também tenho que passar pano no quarto, lavar o banheiro, limpar a sala e o tapete e limpar a cozinha, mas né. Cadê o ânimo de hoje? 

...

Esse é o Charlie. Meu melhor companheiro. 

Maringá, 25 de Março

Hoje burlamos todo protocolado, ou quase todo, ou na verdade o protocolo que me burlou? 

Meu pai me ligou as 7am pra falar sobre um filme de cisne que nem lembro mais o nome. 

Continuei a dormir até 10:40. Acordei com crise e não quis saber de notícias nem ninguém. 

Fiz café. Num ímpeto, lavei louça, comi duas bananas. 

Pintei essa arte.

 Eu só queria me expressar. 

Deixei tudo fluir.

 Depois, conversei com algumas pessoas pelo WhatsApp, tomei sol, comi mamão e maçã. 

Me perdi um pouco. 

Almocei umas 16:30.

Joguei Brain:Code. 

Fiz uns 3min de polichinelo, 3min de corrida no lugar com joelhos altos e 3 min de agachamento.

 Pratiquei 10 vezes o 1° Rito Tibetano, 21 vezes o 2° Rito, 21 vezes o 3° Rito, 21 vezes o 4° Rito e 15 vezes o 5° Rito. 

Meditei em Vipasana por 30min + 10 de Tara Branca e 7 min de Nam Myoho Renge Kyo. 

Eu tive um surto de energia.

Cantei uma letra e melodia improvisa em cima de Autumn Leaves 

Improvisei uma melodia no Cello

Criei uma harmonia no violão que precisa ser desenvolvida. Precisa. 

Tentei improvisar numa harmonia que o W. Me mandou. 

Me perdi no tempo. 

Mandei umas coisas no grupo. Comi.

Tomei banho, me cuidei. 

Comecei a assistir Ricky e Morty. Mais de 10ep...

E estou com insônia e alergia. 

Dia criativo.

Desde um tempo remoto gosto de observar as coisas e fazer arte com aquilo. Não tenho técnica, só tenho sentimentos e expressão. Na verdade o Eu é todo puro em si, mas o corpo que está na terra sente muitas coisas através de seus sentidos e a mente capta, cria, recria e pensa diversas possibilidades. Agora, um pouco mais ciente de Mim, do verdadeiro Eu, contemplo o mundo interno, vou descascando camadas e camadas do falso eu pra encontrar comigo mesma. Nessa jornada, resgato o estranho e delicado olhar do mundo - ou o ressignifo como tenho feito? 

Ainda vivo um mar de ilusões. Como tirar esse véu e ver a verdade da existência e que permeia o Universo?

Sinto o despertar aos poucos. Encontro muita dor. Hoje ocorrou-me algo e meu coração entristeceu.

Maringá, 24 de março de 2020

O dia amanheceu lindo, céu azul puro, com poucas nuvens. Sinto o ar mais puro pra respirar mesmo morando no segundo andar do prédio. As árvores e os pássaros parecem mais felizes.

Ontem, saí pro mercado às 17h35 pra comprar areia pro gato Charlie, comprei algumas bananas - pois está caro o kilo, R$2, 89 - comprei bolachas também. Levei o lixo pra baixo com muita cautela - apenas um sacola de lixo orgânixo, uma sacola pequena de lixo reciclável e uma de contaminados.

Desde ontem, saiu um decreto com toque de recolher das 21h - 5h da manhã.

Conversando com meu companheiro, indaguei-me:
Por quê há o toque de recolher, sendo que o comérco já não está mais aberto nesse horário, não há bares nem restaurantes abertos?

Lembrei de algo que meu irmão comentou comigo: Ele estava andando na rua, passeando com o cachorro e viu a polícia conversando com moradores de rua, e os moradores de rua disseram que os abrigos que oferecem comida, banho e hospedagem estão fechados pra evitar aglomerações.

Meu coração entristeceu-se e fiquei pensando:
"Como essas pessoas estão fazendo?
Como elas estão se protegendo contra o vírus?
Como estão se alimentando, se cuidando?
Será que o toque de recolher foi imposto pra polícia tomar alguma providência drástica com essas pessoas?
 Não tenho certeza de como está a disseminação do vírus aqui na minha cidade, nem como estão os hosítais para tal pandemia, mas é algo de se pensar.
E se já há pessoas morrendo nas ruas  e a polícia vem somente pra retirar esses corpos e cremar...

Já foi solicitado a alguns hotéis do Estado do Paraná para serem transformados em UTI's e hospitais móveis para atender a população. Segundo estáticas que vi na internet sem fontes pra por aqui - ainda -  dizem que o ápice da pandemia aqui no Brasil se derá por volta de 06 a 14 de abril. Ou seja, as pessoas precisam ficar em casa essa semana pois a partir de hoje e de como fazemos hoje, determinaŕa o futuro.

Estou com tosse desde o dia 12/03. Nesse dia precisei ir trabalhar em Paranavaí,uma cidade que fica a 70km de onde moro, pra dar aula de violoncelo numa escola integral de periferia, onde tenho contato com umas com 45 crianças em hoŕarios diferentes. Nesse dia, minha colega de trabalho não foi trabalhar pois estava mal, e meu colega de trabalho estava bem mal. Tanto é que fomos no postinho pra veriguar nossa condição de saúde. Eu estava com tonturas e falta de ar. Achei que era pressão baixa, mas na verdade estava entre média e alta: 13/8 e meus batimentos cardíacos estavam normais - 74bpm. Lembro que meus olhos estavam quentes, quase eu não conseguia mantê-los abertos. Precisamos saír às 13h30, sendo que nosso horário normal era 16h. Na noite daquele dia, saí com minha amiga,onde iriamos fazer a reunião da nossa associação, mas a terceira membra não pôde comparecer. Fizemos algo diferntes, saímos pra andar na rua bebendo whisky. Acabei dormindo na casa dela. Ela relatou que eu tossi muito durante a noite e que era bom eu ir no médico ou ver os sintomas pra ver se não era COVID-19.
No dia seguinte foi aniversário do meu pai. Eu estava com medo de ir pra cidade onde ele mora pra não correr o risco de passar o vírus caso realmente o fosse. Mas ele está morando sozinho, e é carente de atenção verdadeira das pessoas. resolvi ir, fiz bolo, brigadeiro e beijinho veganos. Assistimos filmes, e ele fez questão de ficar de mão dada comigo e me abraçando. Também tive contato com algumas tias. Mas nenhum deles falou algo sobre algum sintoma. Acho que está tudo bem.

Muitas dúvidas e pensamentos envolvem minha cabeça. Ontem eu tive crise de ansiedade bem forte desde a ora que acordei 7h50 até 16h. Comecei a meditar as 8h, fquei até 8h30. Deu ímpeto. Parei de meditar e fui comer mingau de aveia com mamão e polvilho. Tentei assistir video, assisti 1 ep. da série "Explicando" e dormi até 11h. Acordei meio mal. Fiquei enrolando na cama, sem ânimo pr alevantar ou fazer qualquer coisa. Falando com alguns amigos pelo WhatsApp, tive coragem pra lavar louça e fazer almoço. Almocei bem. Assisti mais uns stories do pessoal, e fiquei meio perdida e com falta de ar até umas 16h, onde rsolvi fazer os Ritos Tibetanos para Longevidade.Fiz 21 ciclos de cada um dos 5 ritos. Me senti melhor. Liguei pra uma colega minha da psicologia e falamos sobre musicoterapia e sobre sintomas de ansiedade e como diminuir eles. Logo, meu namorado chegou em casa pra irmos no mercado. Dai quando ele estava aqui fiquei mais de boa. Conversamos, brincamos e comemos pão com legumes tarde da noite. ìamos pedir comida pela internet, mas decidimos deixar pra sexta ou sábado.

Sobre hoje, dia 24 de março:
acordei umas 8h, fiz café, comi 1/2 pão integral que sobrou de ontem. o Wellingotn levantou, conversamos um pouco sobre o Caibalion, e 9h05 fomos fazer pão ázimo ou chapati. Ficou bem bom.
O W. teve consulta online com a psicologa,e eu fiquei de dobrar roupas e arrumar a casa, mas enquanto estava dobrando roupative insight pra escrever esse post e logo depois eu tive desinteria e fiquei bem mal. Tomei banho pra passar o mal estar e logo o W. ficou liberado da consulta. Conversamos e comecei a jogar um jogo pelo celular chamado Brain:Code. Um jogo maravilhoso de lógica que você vai dando comandos tipo de programação pra jogar as fases. Joguei por muito tempo. o W. precisou ir embora pra ajudar sua família, e agora estou sozinha novamente. Com os afazeres domésticos a executar, fazer almoço, e estudar violoncelo e teoria musical. Eu também gostaria de desenhar a personagem que criei. Mas, as coisas só vão ser efetivadas assim que ue começar a fazer. Vou organizar o que preciso fazer e executar! Agir sem muito pensar. Zás

Maringá, 22 de Março de 2020

Olá.
Nessa época, onde o caos se espalha, tento compreender o meu lugar. Está tudo vago, está raso. Às vezes, lagrimas correm em meu rosto. O que é pra ser feito?

COVID-19 se espalhar pelo planeta. Consegue perceber que é apenas a mãe Terra tentando se regenerar? Ela estáespalhando seus anticorpos pra combater o vírus que há muito tempo está devastando seu corpo e sua saúde: O SER HUMANO.
O vírus COVID - 19 (que na verdade é a cura), ataca principalmente as pessoas de idade avançada, os idosos. O que isso significa? Nova era? Novos os conceitos de economia, aprendizagem, de relações humanas. De ver o planeta Terra como Unicidade de nós. Estamos aqui por gratidão. Estamos aqui por algo maior. Ainda não compreendo sua totalidade, e talvez nem meia parte do que seja tudo isso, mas agradeço.

Às vezes eu ainda me culpo por estar com medo, me cobro pra estar produzindo. Mas, o que aprendi no Vipasana foi que: eu preciso de outros seres pra sobreviver. Ainda não amadureci e tenho muito o que aprender.

O medo não vai me calar. O medo não vai me vencer. Eu vou fazer o que eu puder pra manter minha mente saudável. O corpo pode perecer, mas a Verdade continuará intocada.