06/04/2014

Por que eu não publicaria um livro?
Por que não o faria?

Seria egoísmo guardar as palavras para mim?
Ou egocentrismo querer que pessoas leiam o que escrevo?

É egoísmo eu trancafiar sonhos e ideias
Ou egocentrismo querer que as pessoas vejam o que sou por dentro?


Por que eu não me entregaria às minhas paixões saudáveis?
Por que eu deixaria de pintar - mesmo que sem técnica ainda,
Deixaria de desenhar - mesmo que os rascunhos não saiam disso,
Ou deixaria de tocar instrumentos, mesmo que saiam notas desafinadas ou falhas?

Por que eu deixaria de fazer coisas que me dão prazer, que são saudáveis, que dependem apenas de mim e da minha força de vontade, para sofrer o ócio da angústia, do medo, da ansiedade?
Só por que as coisas que faço não soam como as das pessoas que sabem realmente fazer isso?
Eu não sou outras pessoas, eu sou eu, sou a capacidade que tenho, sou minhas experiências,
Sou meu tempo, sou meu espaço.
Um dia, eu transcendo do que sou.
Mas enquanto dou passadas pequenas, quase que parando às vezes
Eu posso colorir as paredes do caminho
Posso deixar uma música preenchendo o vazio dos meus pensamentos
E posso fazer versos satíricos dos meus t-rex.
Assim, o caminho será mais agradável,
Não digo que as dores cessarão
Ou que as coisas se tornarão mais fáceis

Mas é que se eu ser feliz
Esperando
As coisas serão menos sofridas
E tudo será mais agradáveis

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