Fui me cansando novamente.
Muita gente, muita bagunça, muita coisa fútil!
Eu era um ser fútil.
Aqui, no ninho do conforto
Eu comia a hora que quisesse; sempre havia comida
Sempre havia um barreira entre o mundo de sofrimento.
Aqui, eu poderia ser gorda, me empanturrar de comida
De tralhas, de roupa, de ego.
Aqui, meus pecados estariam escondidos.
Eu teria quem me cobrisse de noite
Me mandasse tomar banho e escovar os dentes
Estudar as matérias da faculdade e o violoncelo.
Eu teria quem pagasse minhas contas,
Só precisaria estudar.
Eu teria quem me amasse todas as noites
Que desse tudo o que eu queria,
Mesmo que não no meu tempo.
Não quero mais esse conforto.
Quero minha vida de volta
Sentir o frio
Sentir fome pra saber que deve gastar dinheiro com as comidas certas
E sentir as outras pessoas
Sentir a dificuldade delas.
Quantas delas tem frio e fome todos os dias, anos?
Por que eu deveria me empanturrar de comida e de roupas
Sendo que tem pessoas que não tem quase nada?
Por que eu deveria me empanturrar de assuntos inúteis se preciso estudar?
Acho que me acostumei com a solidão do meu quarto.
Mas estou reclamando muito, de tudo
De mim, do mundo, do que sinto ou deixo de sentir.
Feito uma criança mimada que tem tudo aos pés.
Eu deixei de agradecer para reclamar,
Deixei de oferecer para pedir.
Deixei de dar para querer receber.
Silencie.
Sonhe durante a noite
Trabalhe durante o dia.
Esconda os sentimentos.
Dê as muitas roupas que tens
Para quem não tem.
Dê a comida que rejeita
Para quem tem fome.
O que eu preciso ter são poucas coisas,
E o muito começa a incomodar.
O que quero não advém de coisas materiais.
Muita gente, muita bagunça, muita coisa fútil!
Eu era um ser fútil.
Aqui, no ninho do conforto
Eu comia a hora que quisesse; sempre havia comida
Sempre havia um barreira entre o mundo de sofrimento.
Aqui, eu poderia ser gorda, me empanturrar de comida
De tralhas, de roupa, de ego.
Aqui, meus pecados estariam escondidos.
Eu teria quem me cobrisse de noite
Me mandasse tomar banho e escovar os dentes
Estudar as matérias da faculdade e o violoncelo.
Eu teria quem pagasse minhas contas,
Só precisaria estudar.
Eu teria quem me amasse todas as noites
Que desse tudo o que eu queria,
Mesmo que não no meu tempo.
Não quero mais esse conforto.
Quero minha vida de volta
Sentir o frio
Sentir fome pra saber que deve gastar dinheiro com as comidas certas
E sentir as outras pessoas
Sentir a dificuldade delas.
Quantas delas tem frio e fome todos os dias, anos?
Por que eu deveria me empanturrar de comida e de roupas
Sendo que tem pessoas que não tem quase nada?
Por que eu deveria me empanturrar de assuntos inúteis se preciso estudar?
Acho que me acostumei com a solidão do meu quarto.
Mas estou reclamando muito, de tudo
De mim, do mundo, do que sinto ou deixo de sentir.
Feito uma criança mimada que tem tudo aos pés.
Eu deixei de agradecer para reclamar,
Deixei de oferecer para pedir.
Deixei de dar para querer receber.
Silencie.
Sonhe durante a noite
Trabalhe durante o dia.
Esconda os sentimentos.
Dê as muitas roupas que tens
Para quem não tem.
Dê a comida que rejeita
Para quem tem fome.
O que eu preciso ter são poucas coisas,
E o muito começa a incomodar.
O que quero não advém de coisas materiais.
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