27/04/2014

o que mais ela possuía de ti, fora teus braços, tuas costelas
teus tempo, tua atenção, a prioridade?

teus beijos, abraços e carícias?




(meu Deus, não deixe-me corroer pelo medo e pela inferioridade
ele não vai simplesmente chegar no meio da madrugada, pedir um chá, sentar no seu colchão e não sair mais de lá.

a realidade é mais fria, dura, séria e idiota.

continue seus sonhos bobos, achando que o príncipe encantando vai chegar de moto, vai te abraçar com a blusa de couro dele e dizer: posso ficar do teu lado até os últimos dias da nossa vida?

não vai ter surpresas, nada de novo!?

chega de ficar chorando, enroladinha na coberta.
vai queimar os músculos e as gorduras que você ganha mais.
a realidade me corta com cabelos "ruivos"

"Minha pequena, não deixe mais cicatrizes.
Teu olhar e teus bracinhos dados ao dele são suficientes
Pra desestabilizar minha personalidade.

Minha pequena, eu não quero machucar-lhe em pensamentos
Por favor, perdoe-me todas as vezes que eu lhe odiei
E que lembro que tu és a esposa dele ainda.

Me desculpe, eu não quero lhe odiar.
Eu só tenho medo.
E só continuo porque me permitem.
Caso contrário, eu teria ido embora
Pra que seu olhar não me corte mais
E as cicatrizes deixadas por tu curam lentamente.

(Iria embora amando-o com todas minhas forças
E eu nunca mataria esse sentimento
Iria para não ter que encarar a fria realidade)

Por favor, minha pequena,
Perdoe-me.

Eu não quero odiar-lhe. 
Welly? 

25/04/2014



Sinto a falta de ar
Barulhos ensurdecem-me
Mais do que já sou calcificada.

Quero o frio tocando a pele
Quero tudo na cabeça.
Depois, a liberdade estará mais próxima.

Criança, criança.
Se já (re)nasceu
(re)Aprenda a viver. 
a ponto de pu - u 
 -lar 
do precipício_escorregounão viu o tempo passar
caiiiiiu
        iiiiiiiu
                 uuuuu


a ponto de desistir
viu os olhinhos brilhantes:

"quando eu crescer, eu quero ser igual à você
vou trabalhar tocando violoncelo."

você é rockeira? 
você é linda então, é rock'n roll. 

viu os olhinhos brilhantes:
you're my only, my only one.

seria uma covardia imensa cair, regredir mais do que regredi. olhe a vida! ouça a vida (mesmo que baixinho - haha) faça piadas dos monstros, ria das caras tortas deles. faça piadinhas de amor, se entregue ao amor, se entregue a vida, se entregue a Deus, às sensações. Meu Deus, eu não quero continuar cega. Eu quero a vida. E a vida volta a correr em mim. obrigada c:



23/04/2014

menino
peixe 
lo - o - bo - bi - nho
minha criança 
futuro
es
            pe
                           ran
                                              ça.

do abismo
tirou-me,
o que houve,
com meu coração?


homem
mar
 das ondas agitadas.
na noite me entrego
afogo-me nas tuas 
                                                                                fos
                                                                      sas
                                                           abis
                                             sais

distante,
observo.
teu doce deserto
na imensidão azul.




Estava escuro,
Frio.

Mas não o que eu costumava me aninhar e permitir que meu corpo quase falecesse.
Tudo aquilo doía.
O alarme soava nas mais intensas frequências
E mesmo que parasse, eu ainda o escutava sussurrando:
"Irei roubá-lo, ele não chegará a tempo.
O tempo irá passar, irei destruí-lo."

Poderia eu lutar contra essas sombras de dúvidas que permeavam o meu silêncio?,
E contra a ansiedade que rasgava-me por dentro poderia eu controlá-la,
dar um docinho para que ela ficasse mais calma?

O que poderia eu fazer?
Eu poderia fingir melhor que eu estava calma, que a minha paciência sabia esperar (e não corroendo meu estômago)
Que eu não era infestada de medos, ansiedades e dúvidas?

O que na verdade eu temia?
O que era a verdade?
O que eram medos comparados a sonhos?

Minha visão estava tão turva
Que mesmo vendo a lua, eu não podia enxergá-la
Minha percepção sensorial estava tão defasada
Que mesmo vendo a chuva correndo pelo meu corpo, eu não podia senti-la

Meus músculos se atrofiavam
Eu queria descansar.
Descansar onde, do quê?
Aqui não há descanso
É uma luta constante
Entre a comodidade, mudança e medo
Realidade, utopia e sonhos.
A ordem, o caos e a neutralidade.

Fecho os olhos
O sono me protege dos pensamentos.
A luz me protege do escuro.

Aninhada na coberta,
O tempo passa
Destrói-me.

Até que ponto permitirei-me sucumbir à caverna
Deixar que as sombras sejam a minha realidade
E o fogo seja minha comodidade? 

21/04/2014

God:

I'm very thankfull of my life, of everything You gave me. I'll try other way to find You again. And that, is very close in the way i tried before. I don't want to be blind and miss the way, I don't want to forget my principles. I'm changing my life again. Please, don't let me stay blind, don't let me fall in my ego, or vanish in my fake world. I want to slap in the face's monster: my troubles with food and with my body. I want to discover all of my power to be happy. Please, help me to not fall and, find Your totaly face. You know me, You know all my fears, dreams, reality and some voices still whisper in my head... I want to be different. I need to move me. My comfort zone reach me and is time to change!

With love, your shy daughter

C.
I need another escape valve
I need to workout my body
I need to feel my muscles
I need to feel the life running through my veins

20/04/2014

Aleatoriedades 70's I


Aleatoriedades 70's II


Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see

Aleatoriedades 60's II


Aleatoriedades 60's I



Bicho do mato não quer sapatinho,
bicho do mato não quer usar máscara.

Quer a natureza nata,
quer a caça selvagem
Quer o sopro de Deus e
o silêncio do vento,
quer uivar pra lua e para as ondas no mar

Bicho do mato quer usar o ímpeto para alcançar seus sonhos
Bicho do mato não quer civilização

Quer a casinha na árvore
Quer a vida diante os passos

Bicho do mato quer você
Bicho do mato quer te amar.

MM.

Minha criança e menina sombria
Será que eu te amava, e amava teu corpo?
O que me atraía, seriam teus olhos negros
Tristes, sombrios?
Seriam teus cabelos negros, escorridos no teu rosto?

Eu amava todos teus sentimentos ruins?

Apenas eu lhe compreendia, criança medonha.
Tua baixa estatura fazia com que eu quisesse proteger-lhe
Da tua esquizofrenia, das tuas drogas,
Do teu câncer, da tua família?


O que eu era para ti, menina incompreendida?
Eu era teu abrigo, e tuas mentiras?

Num despertar meu,
Vi teu ego sufocando-me
Vi tu, te aproveitando.

Cansei. Abandonei.
Será por que eu não sentia que você estava em mim tanto quanto eu estava em ti?

Mas tu encontrastes tua proteção
Que lhe podia satisfazer o corpo
- Enquanto eu poderia apenas satisfazer-lhe a mente.

Menina sombria
Teus olhos fundos não me cortam mais
Mas sinto falta do nosso mundo solitário
Em que no colégio, éramos as adolescentes estranhas.

Menina sombria
Sei que não te conheci totalmente
E talvez isso não aconteça mais...

Teu marido a protege do que sou
- Que para vós, não passo de uma farsa.

Se eu ainda tivesse coragem para conversar
E lhe mostrar meu arrependimento...
Menina cadáver, desculpe.

Eu enterrei-te antes de falecer.



Estávamos numa ilha, achamos a praia. Tinha um lobo amarrado numa palmeira, fomos falar com ele:
"Vamos lobo, a ilha irá inundar."
"Eu não sei ajoelhar nem nadar, vocês precisam ir sem mim. Fujam!"
 Nisso, veio uma onda enorme, nos levou para o mar, e o lobo ficou afogado. 

19/04/2014

Brincando de ser "xente crante"



Às vezes eu brinco de ser gente grande, e esse é o resultado. 
"Arte minimalista" haha >.<
Às vezes dá até vontade de ser "mulherzinha de verdade", mas eu lembro que eu já sou uma, e não sou roupas, maquiagem, bijuterias ou frescurinhas.

\Novo estilo: uma saia que eu não usava mais, como "tomara que caia",
um cinto de uma blusa que já foi jogada fora sendo usado como "suspensório",
 uma calça social do meu pai que precisa costurar os bolsos,
pulseira que ganhei quando tinha uns 10 anos de idade
última sapatilha comprado sei lá quando..."

Não me leve à sério! (: Just Kidding.
  "Será que alguém a absorva? Ou eu era a única criança que gritava baixinho: Mãe, mãe, olha a lua, mãe. Ela tá linda! Como está linda!"

  "Durante a tempestade que se formava, as roupas chacoalhavam no varal, o gato, perdido no vendaval, eu pulando, quase gritando de alegria: "Mãe, olha, a chuva está vindo." E saí correndo, veio a Remu, veio a Kira, brincando, festejando a chegada da chuva. Paro cansada na frente de casa. A chuva está realmente chegando, de mansinho, vejo tocar as árvores, vejo-a chegar, e começa a tocar-me delicadamente, depois, suas pedras iriam machucar-me. "Vem Remu, vem ver a chuva. Olha a Jelly Morceguinho, essa é sua nova casa, e é assim que se vê a chuva daqui. Parei no nosso silêncio, vi que o vento levava todos os pingos, tudo desgovernado, todas as folhas e pedrinhas. "

  "E mais uma vez, durante a missa, eu pedia à minha mãe: Mãe, eu quero uma caneta. Eu quero desenhar! "Não tenho caneta, desenhe na vela." Como um criança peralta, fiquei desenhando na vela, quase deixei de prestar atenção no que diziam... Desenhei um violoncelo, desenhei um sorvetinho... Que criança sapeca.
   E nos cânticos, mais uma vez, os entoei de forma pura. Eu estava tão feliz, tão longe de tudo, mas nos momentos certos, eu me continha, virava adulto, prestava atenção novamente. Estar em casa, na casa onde cresci, é algo imensurável, mas conhecer as coisas novas também é ótimo!"

  "Todos os dias aqui, perdida, tentando me reencontrar nos costumes, nos afazeres domésticos da família, dos meus estudos, eu me perguntava como você estaria, se estarias bem, e se eu conseguiria alcançar-te, em pensamentos ou em sonhos... (Espero que Max não lhe incomode, meu bem. Se algo acontecer, por favor, mande-o falar comigo) Imaginava como seriam esses dias quando estivermos juntos... Sonhando acordada, ainda me perco na lembrança dos teus olhos, teus sorrisos e no teu silêncio... Nas tuas palavras, nos teus pensamentos."



Recomendo que sonhemos juntos, meu querido.
Assim, ele se concretiza com mais vigor
E o tempo passa mais rápido.
Fui me cansando novamente.
Muita gente, muita bagunça, muita coisa fútil!
Eu era um ser fútil.
Aqui, no ninho do conforto
Eu comia a hora que quisesse; sempre havia comida
Sempre havia um barreira entre o mundo de sofrimento.
Aqui, eu poderia ser gorda, me empanturrar de comida
De tralhas, de roupa, de ego.
Aqui, meus pecados estariam escondidos.
Eu teria quem me cobrisse de noite
Me mandasse tomar banho e escovar os dentes
Estudar as matérias da faculdade e o violoncelo.
Eu teria quem pagasse minhas contas,
Só precisaria estudar.
Eu teria quem me amasse todas as noites
Que desse tudo o que eu queria,
Mesmo que não no meu tempo.

Não quero mais esse conforto.
Quero minha vida de volta
Sentir o frio
Sentir fome pra saber que deve gastar dinheiro com as comidas certas
E sentir as outras pessoas
Sentir a dificuldade delas.

Quantas delas tem frio e fome todos os dias, anos?
Por que eu deveria me empanturrar de comida e de roupas
Sendo que tem pessoas que não tem quase nada?
Por que eu deveria me empanturrar de assuntos inúteis se preciso estudar?

Acho que me acostumei com a solidão do meu quarto.

Mas estou reclamando muito, de tudo
De mim, do mundo, do que sinto ou deixo de sentir.
Feito uma criança mimada que tem tudo aos pés.

Eu deixei de agradecer para reclamar,
Deixei de oferecer para pedir.
Deixei de dar para querer receber.

Silencie.
Sonhe durante a noite
Trabalhe durante o dia.
Esconda os sentimentos.
Dê as muitas roupas que tens
Para quem não tem.
Dê a comida que rejeita
Para quem tem fome.

O que eu preciso ter são poucas coisas,
E o muito começa a incomodar.

O que quero não advém de coisas materiais.


A Paixão de Cristo. 

Ontem, fui com minha mãe e com uma tia assistir, na Catedral, a paixão de Cristo, porque de uns tempos pra cá, dou atenção à minha família e aos seus costumes católicos que tanto respeito, mesmo havendo  de parte externa muito preconceito com a igreja católica pela sua prepotência. 

    Em alguns anos eu me distanciei da igreja católica e de qualquer outra igreja, comecei a seguir pensamentos e filosofias, sempre perto de Deus, mas longe da doutrina, comecei a ir para a igreja protestante, mas não me sentia parte de dogmas, eu queria Deus, de tudo, eu procurava Ele, procurava conforto para minha mente e meu coração, queria ouvir o que tinha  preparado para mim, e queria entender. Nessa quinta e sexta feira santos, voltei a ser uma católica fervorosa: cantei os cânticos com entusiasmo. Mesmo que eu errei algumas coisas atrás, mas de uns tempos para cá sinto que estou em paz, mesmo errando com outras pessoas, me senti livre de tudo. Participei da comunhão, que lá, é tão rigorosa. Fiz tudo com amor. E na encenação, enquanto Cristo era tentado, me vi no seu lugar, quando naquelas noites solitárias, eu me sentia sozinha, parece que meu Papai havia se esquecido de mim, eu sentia algo ruim, e conseguia rezar apenas: 
A cruz sagrada seja minha luz, não seja o dragão o meu guia, retira-te satanás, nunca me aconselhes coisas vãs, é mau que tu me oferece, bebe tu mesmo o teu veneno.
E como se fosse um anjo, eu sentia alguém me acolhendo. Era Ele próprio quem me acolhia.

Vejo teus olhos nos meus sonhos
Teus sorrisos no
 Vento;o céu, a natureza
Tudo brilha.

Mesmo que a dor roça meu peito
Sou feliz.
Sou feliz aqui, agora

Não preciso de muita coisa pra viver...
   In those days, I was very very blind. The only thing I was able to do was cry. In my bedroom, a shadow of fear, and darkness around above my bed and my head. I claimed:
   Our Father who art in heaven,
hallowed be thy name.
Thy kingdom come.
Thy will be done
on earth as it is in heaven.
Give us this day our daily bread,
and forgive us our trespasses,
as we forgive those who trespass against us,
and lead us not into temptation,
but deliver us from evil.
For thine is the kingdom,
and the power, and the glory,
for ever and ever.
Amen.

Your angels were in my side, protecting me of evil. God and your kingdom were the only one could help me, could protect me. 
    [...] Era tão disciplinada na igreja, que nas vias sacras levava a vela, que acompanhava a cruz. A chuva, o frio, a companhia de seus pais. Aquilo tudo era tão puro. E algumas vezes, entre esses tempos de acolhida, de penitência - mesmo que era uma criança, ficava os 40 dias sem comer chiclete, tomar refrigerante e comer chocolate - fazia cabaninha na beliche, onde ficava ali sozinha, desenhando, lendo, pintando. Cresceu um pouco, começou levar a cruz da via sacra, mais tarde a fazer a liturgia na missa principal, e depois a cantar e tocar nas missas. Aquilo tudo fazia tão espontaneamente, com tanta felicidade, mas um dia acabou. Desligou da igreja, quase que de Deus também [...]
Surge a oportunidade:

Ter espaço em três páginas de um livro a ser publicado e lançado na Bienal do Livro em SP, com um custo de 300 reais para a publicação em grupo. Mas era um tema que não lhe interessava muito. Mas e se isso fosse a portinha para começar o que tanto sonhava desde pequena? E apenas dois dias para entender melhor do assunto, e preparar o material. Como seria isso tudo?
Não é estranho como ciclos se repetem?
Não é mais.

O que continua estranho,
Sou eu.

Há um ano atrás, eu estava "abandonando"
a casa de meus pais.
Fora de época, uma jovem
Conhecendo um mundo ainda
- por piedade, Deus me protegia
e protegeu-me para que eu não continuasse a cair
[e enviou-me um anjo para acolher-me - você]

E praticamente um ano depois,
Abandono algo que gosto muito
Meu companheiro de noites de angústia
Sim, meu Jelly Morceguinho.
Mas eu tenho certeza que a Remu e Kira cuidarão dele.
- Estão até brincando juntos,
se lambendo.
Porém, antes de sair do apartamento,
E em um breve momento sozinha
Abracei-o firmemente contra meu peito
E chorei. 

17/04/2014

Sonhos estranhos.
Volto para a cidade de meus pais
Encontro 3 pessoas do sonho.
Como?
Por que eu perdi o ônibus
Por que eu enrolei pra chegar ao ponto?
Por que ele ficou me olhando pela tela do celular?
Por que eu fui à igreja e encontrei quem eu nem lembrava que conhecia?

Aleatoriedades da vida.

O céu está lindo, falando nisso.
E quem sabe, a dualidade faz parte do ser.
Relembrando da história de Sinclair, e algum comentário, lembrei-me:

    "Acordava aos domingos de manhã, o pai, a mãe e o irmão se arrumando, e a caçula também, colocavam as roupas mais bonitas, que esperou a semana inteira. A pureza de todos os  sentimentos. Chegar na igreja, com o sol iluminando os vitrais - sem saber, aquele era seu mundo. Os cantos gregorianos tocados bem baixinhos. Às vezes, o sono queria falar mais alto, queria encostar, quase dormir no bancos, mas a severidade dos pais não permitia! Queria por os pés onde ajoelhava-se, mas não podia. Manter a postura correta, esse era o certo.
  Todos os rituais começavam, os cânticos! Eram magníficos. Na voz de criança, ela gritava, cantava, era um momento de alegria, felicidade. Mas chegava na hora da comunhão. O que era aquilo? Seria algo magnífico que precisava de uma preparação de seis anos? Era.
   Participava da catequese, um caderno bem cuidava, o livrinho com as gravuras pintadas por ela mesma. Aquela organização das canetas e dos lápis, sempre sentava-se nas primeiras carteiras. Era um exemplo de cuidado, de religiosidade. Sempre as tarefas feitas, as perguntas. Foi crescendo. A comunhão. Recebeu! Cada vez era uma sensação diferente. Aquilo tudo seria real? Queria viver aquilo o mais profundamente que pudesse. Veio a preparação para a crisma. Continuava o mesmo exemplo, mas agora, o mundo de fora começava a perturbar seus  pensamentos. Os instintos começavam a roçar o corpo, começou a abandonar aquela vocação (?)... [to be continue]

15/04/2014

      "Término de ensaio, término da minha mente ocupada.
Observo-o deixando a sala com teu silêncio e teu olhar também está silenciada. Quem estaria, de nós, mais carentes?"

    Vou embora de carona, chega apressada na universidade. Welly? Você está por aqui?
    Corro com o peso nas costas, corro como uma criança perdida de seus pais. " Welly", eu o chamava para fora dos meus pensamentos. Entre gemidinhos de medo, eu soluçava "Welly, Welly, Wellyy!"
    É abril Welly, esteja no campo, por favor, Welly, Welly. Correndo, chego no campo, apenas a grama e as árvores, as traves de futebol. Minhas lágrimas são atraídas mais facilmente pela gravidade.
   Corro novamente para o bloco, é claro, você estaria lá! Welly (:
   Perambulo o corredor, olhando cada sala. Sinto-me desesperada. Welly, esteja aqui, no escuro, mesmo que no silêncio, quero ter sua presença.
Mas apenas pessoas desconhecidas estavam ali. Welly. :/
Vou embora para minha prisão. Ainda tem quem me espere lá, um gato tão desesperado quanto eu. Eu soluçava, eu gemia de dor mental, só existia eu naquela rua. E não sentia mais nada. Nem a chuva que respigava no meu ombro e no meu cabelo eu sentia.
Chego no prédio, Welly, onde está sua moto? Por que você não está aqui, Welly? Por favor, esteja na escada, esteja na porta, ou no banco, Por favor Welly, esteja me esperando em casa. Subindo as escadas, Welly, Wellyyy! Será que você estará logo ali?

Não...

Só escutava o choro do meu gato, e talvez, ele já chorasse comigo antes mesmo de ele saber porque chorava. Abro a porta, sinto a angústia toda me recebendo. Minhas lágrimas desabam mais ainda. Será que ao menos, você me sente? Será que ao menos, você lembra do meu rosto e da minha voz? Welly!

Coloco a coleira no gato - que coisa estranha. Vamos passear, estamos precisando sair de casa. Consigo me acalmar vendo a curiosidade dele. Deu certo, deu sim. Escuto a moto: "Welly!". NÃO. Era uma moto qualquer, e mais uma vez, sou posta à realidade, e desabo-me em prantos em pleno estacionamento do condomínio - Ok, Morceguinho, vamos voltar para casa.

20:55 minhas lágrimas já estão incontidas. Não quero mais, Welly, é óbvio que ele não virá. Acho que tudo isso não passa de um sonho. Toda a história que eu criei é um sonho que não consigo acordar, que se funde na minha realidade e acho que meu novo amigo imaginário é meu ''noivo''. Acho que ele é criação da minha.
"Deus, eu não posso cair, não posso me machucar. Desculpe e perdoe todas as vezes que fiz isso. Tenho que cuidar do que Tu me destes para que eu possa realizar o que tens para mim."
Li mais de 6 salmos, meditei sobre cada um deles. E as lágrimas ainda continuvam.

O que era aquilo? Algum espírito mal rondando-me, testando-me?

O banho! Claro, a água limpa os pensamentos. Despido-me. As lágrimas querem tocar meu corpo inteiro. Não consigo na água fria, preciso de conforto. A água quase arrancando minha pele, deixo que ela acaricie meu corpo, finjo que minhas lágrimas cessaram, mas nem o chuveiro foi capaz de acabar com elas. Eu via vultos através do box, no corredor, onde a única luz do apartamento estava acessa. "Por favor, Deus. Proteja-me. Eu não sei o que fazer, e não tenho forças mais se não suplicar Teu nome e entregar-me. Não sei o que significa tudo isso, mas proteja-me. Estou me perdendo.''

Apenas 10 minutos no banho, saio tremendo de frio, o estômago se retorcendo de dor. O gato miando desesperado - tanto quanto eu!
Coloco um pijama qualquer, enrolo-me na coberta e continuo a estudar salmos. Lá havia o que eu precisava, palavras reconfortantes: esperança, fé, justiça, amor. Sei que Deus me protegia, que criava uma estufa de proteção - e lá, eu coloquei meu Morceguinho também. Ele parou de chorar - eu ainda não.
Não tinha forças para ler mais, eu soluçava, as lágrimas impediam-me de compreender as letras.

Vamos pintar! - Como se fosse minha mãe dizendo quando ela queria dormir, e eu queria ficar acordada. Aquilo me deixou distraída, meu gato, quieto, ao meu lado. Depois de 1,5 horas chorando, finalmente parei. As cores tiraram minha aflição e minha angústia. Talvez eu até sorrisse e talvez Deus estivesse feliz por mim também.

Welly agora era meu amigo imaginário, que caminhava comigo e com Deus e meu Morceguinho. Eu não podia esperar nada mais das pessoas, eu não era mais a prioridade de ninguém - acho que cresci. Então, por que me entregar a pessoas que não precisam de mim? Se posso satisfazê-las com meu superficial, isso deve servir. Vou cuidar do que é preciso, e me abandonar depois.

Não tive vontade de desistir de algum sonho ou deixar de buscá-los, farei as coisas no meu tempo, mesmo que a melancolia, seja companheira da solidão e dos meus medos noturnos. Só não posso esperar que as pessoas façam algo por mim. E se meu Welly não for imaginário, algum dia ele vai voltar.

13/04/2014

Ciclos anuais ridículos em um certo ponto.

14.04.2013

Poderia falar sobre ontem, mas talvez não queira citá-lo muito pois quebrei as promessas. Fumei e bebi, vomitei. Acordei as 4:05, querendo saber do W. Demorei pra voltar a dormir. Tive pesadelos. Não lembro. - Acabei de ver no celular umas notas, irei postá-las:

02:45 - W. está tocando, fico assustada, tento correr, mas é uma rua muito escura. Escuto pessoas dando risada de mim, querendo vir atrás de mim. Grito meu pai, ele me chama, mas não é a voz dele. Deixo o cello no chão, e começo a andar, e palpitar o chão com o arco. Não vejo nada. Grito desesperadamente pelo meu pai. Minha garganta dói. Sinto uma mão querendo pegar a minha. Seguro-a. É a do W. novamente. Começo a correr, entro no meu quarto. Vejo meu corpo, e acordo-o. Tranco a porta com sabres de luz, vejo que a Remu e Kira estão dormindo enroladinhas perto da capa do cello. Estou deitada perto do cavalete. Está frio. Estou com fome. Continuo gritando meu pai. Consigo acordar de verdade. Meu quarto está arrumado, é maior do que no sonho. Só meu Demian e Werther estão no aquário, está chovendo lá fora. A garganta está realmente dolorida, estou deitada no chão propositalmente, e estou com agonia.

Sonhos insanos. Muitos. Já que estou limitando minha vida a não amigos, ou não sociabilidade, irei me perder no meu mundo, minhas palavras, ideias, pensamentos, etc.

Voltando. Acordei 11:15, comi duas fatias de pão com queijo, requeijão, 1 caneca de leite com café. Fiquei no sol com Werther, Demian, Kira, Remu e Doc. Almocei 1 panqueca de queijo, com proteína de soja, e batata palha, 1 caneca de sorvete, com avelã e nutella. Lavei o tapete do meu quarto, comi 1 e 1/2 panqueca novamente, 1 caneca de coca. Andei 30 min. de roller e levei a Kira junto. Toquei cello loucamente. Brinquei com Werther, dei ração pra ele e pro Demian. Fui na minha tia tomar café com leite, e comi 1/2 de sal. Toquei cello, brinquei, inventei música, estudei o concerto, escalas. Tentarei marcar horários, me organizar bem melhor. Espero que eu mude logo, amanhã, ligaremos para ver se aprovaram o cadastro da ap. Espero que sim.

Agora, me preparo para dormir. Arrumar quarto, tomar banho, dar ração pro Werther (pois Demian sempre come primeiro). Irei emagrecer uns 2 quilos essa semana.

Boa Noite.

13.04.2014

Muitos acontecimentos, muitas sensações. Muitos deslizes, erros, caídas.
Porém, muitas conquistas, crescimento, breve auto conhecimento.

Mas o que me deixou mais desestabilizada foi que a minha vontade não podia ser atendida. Eu queria ele pra mim. Queria ser sua prioridade. Mas isso não iria ocorrer no tempo que eu queria. Com isso, eu queria chamar sua atenção. Mesmo que inconsciente. Eu estava me matando aos poucos, eu já tinha deixado de me alimentar bem, estava quase voltando a fumar pra  conseguir aguentar mais tempo sem comer. Mas, alguma coisa me impedia de ficar tão mal assim - e sei que era Deus segura minhas mãos, segurando meu corpo, me abraçando, protegendo-me de tudo. Eu abri meus olhos. Vi que os Seus olhos olhavam pra mim, e Ele queria que eu vivesse. Foi isso que eu comecei a fazer. Saí daquele estado monótono. Voltei ao que me mantinha acordada, voltei a ler textos que me ajudam psicologicamente e tem uma ligação com Deus, voltei a ver blogs que incentivassem mais meu lado lógico e prático.

Como começar as mudanças sem forças? Quando eu estava mais entendiada, decidi fazer algo pra ser o primeiro passo - Na verdade foram 4km! E tive uma companhia ótima. Aquilo foi maravilhoso. Correr na cidade onde cresci, com minha mãe - que ainda sente saudade, sente falta. Chegamos cansadas, nos alongamos enfrente à casa. É abril, faz um friozinho gostoso. As cachorras, brincando perto de nós. Tudo isso me encheu de vida.
Minha alimentação não foi muito boa:

Café da manhã: (9hrs)
Meio mamão papaya,
2 fatias de pão integral,
manteiga,
uma fatia fina de queijo branco,
1 caneca de leite com café e açúcar.

Café do meio da manhã: (11h)
Meia panqueca de queijo com creme de leite.

Almoço: (11:45)
2 pegadas de macarrão ao molho vermelho
3 colheres de proteína de soja
6 folhas de alface
2 colheres de batata palha
1/2 copo de suco natural de laranja

Sobremesa: (12:15)
1 pedaço de pudim

Assisti Amadeus, às 14h comi uma taça de Sorvete com cobertura e castanha. 14:30, 1 panqueca.
15:40 pipoca. Fomos passear com a Remu e a Kira, uns 30 minutos. Fomos na casa das minhas tias, comi

"Café da tarde" (18h)
1 fatia de pão caseiro, com manteiga,
1 fatia de queijo branco,
1 xícara
1 fatia pequenininha de bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro branco
1 fatia média de bolo de festa, com brigadeiro.

e então, finalmente os 4km caminhando rápido intercalando com corridas.

Creio que o primeiro passo foi dado, minha força foi retomada, e bem, acabar com a preocupação, ficarei mais livre.

"Liberte os pensamentos para ser livre!"

Ainda não sei o que a noite tem que entra na minha mente,
faz uma bagunça e me deixa perdida
Fico tão desolada, fico frágil, sensível
Os monstros saem, vagueiam meu quarto
Assombram meu corpo.
Os hematomas surgem na pele
(seriam eles me maltratando?)
Pela falta de nutrientes ou pela alta ansiedade e preocupação?

Toda doença surge da mente.
Se a mente está doente, o corpo adoece.
Se a mente tem saúde
O corpo é saudável.

Monstros são fantasias
São pensamentos ruins que traz a infelicidade.
Cultive sonhos, cultive a vida.
Estava tudo tão confuso
Que eu mal sabia quem eu era.

Parecia várias personalidades
Entrando em conflito dentro de uma mente
Onde acabara de reconhecer o mundo
Sair de uma hipnose, ou de um coma.

Como uma amnésia
Eu sentia apenas os flash de lembrança.

Com saber o que era real?
Tudo estava tão confuso
Onde o quarto era minha prisão,
Era o motivo das minhas lágrimas.
Meus pensamentos sucumbiam minhas forças.
E como se levantar sem ajuda alguma?

Never give up.

Por algum ''acaso''
A música cantava o que eu deveria ouvir.
Por mais que doesse,
Era abril.
E abril sempre é um mês melancólico, penoso.
O outono sempre traz a névoa da crisálida.

Toda angústia, medo e desespero
Nada mais eram do que criação da minha mente.
Queria acreditar, sair da realidade
Pra viver o mundo da mentira dos pensamentos.
- E quase que me esqueço
Que esses períodos são transitórios.
E se tudo é transitório,
Qual o motivo de se prender a algum pensamento falso?
Por que se prender a algo sem valor?
Por que se prender a uma mentira!?

A vida não está aqui.
Acontece lá fora.
Apenas de olhos abertos é que se veem as cores.
O mundo físico é reflexo do mundo espiritual.

Eu não devo tentar resolver as consequências
E sim, as ações e pensamentos.

Eu sentia que tudo me consumia
E por que a felicidade iria se perpetuar?
Afinal, o que eu vejo e sinto
Não passa de algo transitório.
O que eu penso, e sinto na minha mente, talvez,
Possa ser algo que chegue perto de ser a realidade.

Por que ainda procurava um padrão de beleza?
Será por sentir um ser (quase) atemporal,
queria em um milésimo de segundo fazer parte do mundo real.

Mundo de quem e pra quem?
Mundo da mídia?
A mídia não está interessada em pessoas iguais a mim.
A maioria das pessoas não estão interessadas em mim.
As pessoas querem peitos grandes, querem bundas grandes, querem cabelos lisos,
Pelos morenas, pessoas saudáveis, com falsa felicidade,
E uma vastidão de objetos e produtos fúteis.

E por que esse desespero de querer que alguém mais me note?
Só para alimentar a ilusão do meu ego?
Só pra alimentar a ilusão da minha mente que eu sou diferente?

Por que esse desespero para ser notada?
Se me escondo nas páginas dos livros
Nas lentes dos meus óculos
Na mecha do meu cabelo
Nas minhas roupas.
Se mal suporto mais as pessoas.

Meu mundo não é mais aqui.
Nunca foi.
Só preciso entender de uma vez por todas
E fazer as coisas por mim
Viver por mim, e pelos meus sonhos
(no qual você está incluso - caso ainda queira
continuar com alguém tão problemático)

Que eu seja vista como uma pessoa solitária.
Contato que eu esteja bem comigo mesma,
Eu não me importo.
Afinal, eu quero sair do casulo.

12/04/2014

   Debaixo de um toldo, esperando a chuva passar, um rapaz chega, fica num banco longe, e algumas olhadas em minha direção.
   Como se fosse embora, levanta, fica de lado ao banco que estou sentada e puxa conversa sobre o tempo, na verdade, uma desculpa pra me conhecer:
 "Essa chuva me pegou de surpresa, vim pegar umas sementes, e começou a chover do nada."
 "Ah, eu já estava esperando que ela viesse."
 "Você faz que curso aqui na UEM?"
  "Bacharelado em Violoncelo."

Respingos de chuva caiam sobre minhas costas e eu estava feliz por estar sozinha e com a chuva, mas ele chegou pra atrapalhar meu silêncio.

 "Nossa, que massa! Eu faço bacharelado em Biologia. Tu fuma unzinho?"
 "Não fumo mais, moço, obrigada."
 " Ah tá, foi mal. É que fumar um com essa chuva é bom."
  "Bom é tomar chuva."
  "Hm, é mesmo. Você mora aqui perto?"
  "Moro nos blocos de letras."
  "Olha, que legal. Eu também moro ali. Você é daqui de Maringá mesmo?"
  "Não, Mandaguari." - Nessa hora, eu queria fugir na chuva, mesmo que molhasse tudo."

  "Pô, essa chuva que não passa, vim empolgado pra pegar as sementes e agora não consigo. E você ainda tá com seu notebook, deve ser mais difícil."
  "Não, eu estava distraída, e gosto da chuva. Não me importo."
  "Ah, vou aproveitar que a chuva parou um pouco e vou lá pra cima achar algumas sementes de espécies diferentes. Depois eu passo aqui de novo pra ver se você vai estar aqui, e vai pensando se quer fumar unzinho comigo depois, tá (dá um sorrisinho malicioso e uma piscadinha). Tchau."
  " (?) Tchau."
  "Prazer em conhecê-la."
  pf.

10/04/2014

(Tenho que inventar as cores
Forças os passos, sorrisos, conversas)


De quem você está fugindo?
Para quem você está mentindo?
De que adianta lágrimas
Sendo que o que te consolas é metafísico?

Qual o preço da felicidade?
Todo sofrimento vale a pena por uma gota de alegria?
E a ansiedade que permeia os pensamentos também?

Porque ser vítima, já que no seu ponto de vista
És os ser mais importante,
Todos os acontecimentos ocorrem em respostas às suas escolhas

Tudo isso é penoso.
É penoso suportar à si próprio.  
      "Eu devo aceitar todos meus sentimentos, mas não os comportamentos provocados por eles."  Maria Mildred

09/04/2014

07/04/2014

Salmo 23

    Deitada na cama com minha avó, os mosquitos me picando, eu com medo de pessoas, ela começava a orar pra mim:

   "O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias."

   Eu não entendia direito o significado daquilo, mas dormia bem, ficava tranquila, meu medo ia embora. Minha imaginação era tomada por belas imagens, e meu Papai cuidava de mim, eu brincava com Ele, corríamos pelos campos, eu molhava meus pés na água, e Ele sempre sorria.
   Agora, na "minha casa", o que tenho dela são lembranças, apenas um enxoval que era pra usar quando eu me casasse, mas fui embora de casa mais cedo do que isso. E todos os dias, na hora do almoço, sento-me enfrente à frase mais marcante: ''O Senhor é meu Pastor, e nada me faltará." É quando eu lembro de parar de me preocupar, de temer, e sorrir novamente com Ele.


Dream

  Eu estava com dúvidas, então meu professor chega, abre a porta do banheiro, e eu estava tomando banho, ele entra, diminui a temperatura do chuveiro e diz que banho gelado é bom, pois deixa o corpo mais vigoroso. Olha meus seios e minhas nádegas, impressiona-se e começa a falar umas teorias meio loucas sobre composição.Ele vai pra casa dele, bate na porta de uma forma que apenas a família dele entende, sai a mulher dele. Depois de algum tempo, ele sai na porta, fica me olhando de longe, fumando cachimbo e tomando whisky, e dá uma piscadinha para mim.
  (e toda vez que eu o vejo, me sinto envergonhada)

06/04/2014

Por que eu não publicaria um livro?
Por que não o faria?

Seria egoísmo guardar as palavras para mim?
Ou egocentrismo querer que pessoas leiam o que escrevo?

É egoísmo eu trancafiar sonhos e ideias
Ou egocentrismo querer que as pessoas vejam o que sou por dentro?


Por que eu não me entregaria às minhas paixões saudáveis?
Por que eu deixaria de pintar - mesmo que sem técnica ainda,
Deixaria de desenhar - mesmo que os rascunhos não saiam disso,
Ou deixaria de tocar instrumentos, mesmo que saiam notas desafinadas ou falhas?

Por que eu deixaria de fazer coisas que me dão prazer, que são saudáveis, que dependem apenas de mim e da minha força de vontade, para sofrer o ócio da angústia, do medo, da ansiedade?
Só por que as coisas que faço não soam como as das pessoas que sabem realmente fazer isso?
Eu não sou outras pessoas, eu sou eu, sou a capacidade que tenho, sou minhas experiências,
Sou meu tempo, sou meu espaço.
Um dia, eu transcendo do que sou.
Mas enquanto dou passadas pequenas, quase que parando às vezes
Eu posso colorir as paredes do caminho
Posso deixar uma música preenchendo o vazio dos meus pensamentos
E posso fazer versos satíricos dos meus t-rex.
Assim, o caminho será mais agradável,
Não digo que as dores cessarão
Ou que as coisas se tornarão mais fáceis

Mas é que se eu ser feliz
Esperando
As coisas serão menos sofridas
E tudo será mais agradáveis

05/04/2014

Dream.


        Estávamos passeando de moto, começou a chover, tinha muito barro, estávamos escorregando e quase caindo, chegamos numa casa grande, onde havia outra casa no fundo. Entramos escondidos na casa, ninguém poderia nos ver, você iria pegar nossas alianças, mas era tudo às escondidos. - acho que era a casa sua e a de seus pais. Seu avô (? - eu nem sei se você tem avô, e nem o conheço) estava saindo da casa do fundo, olhou pra mim e disse:
       ''Você que é Carla Andreia? ''
       ''Sim, senhor - muito prazer!"
       "Olha meu filho, ela parece ser uma boa menina, cuide bem dela, ela é muito preciosa e tem várias coisas ainda para serem descobertas. Cuide bem dela!'' - e deu-me piscadela e um sorriso.
Entramos na casa novamente, ajudei a procurar a caixinha vermelha, sua irmã (mas não era sua irmã de verdade) estava sentada no sofá com dois amigos, ela me olhou um pouco assustada e perguntou:
    "Ah, você que é a Carla, noivinha do meu irmão?''
    "Si....Si.... Sim "
    "Ah, você é muito bonita. Olha, as alianças estão ali na gaveta."
     Peguei as alianças e saímos apressados, quase chegando no portão, lembrei que esqueci meu ''diário'' em cima de uma estante, voltei rápido para pegar, e na saída, sua mãe me parou, olhou no fundo dos meus olhos, sorriu e aconselhou-me: "Tome cuidado, ela é violenta. Cuidado com os olhos dela, se você não for forte, ela te derrubará apenas com um olhar."
    Corremos, subimos na moto, e fugimos. Paramos no meio do mato, exaustos. Você deitou no chão, começou a chorar. Olhei no fundo dos teus olhos, você me pediu algo e lembrei que você queria que eu roubasse um beijo. Te abracei, beijei teus lábios suculentos, grossos, suaves. Os doces beijos nos acalmavam, eu sentia sua língua, sua saliva, sentia seu corpo inteiro - e chovia muito.
 
      [Não lembro se cheguei a cruzar meu olhar com o dela, mas tenho uma sensação estranha de que eu possa ter visto-a nesse sonho.]
What kind a kiss? (all of I can? >.<)


Dois jovens apaixonados
Correndo soltos pelas sombras do castelo
Fugindo dos compromissos
Deixando seus pais preocupados
(e deixando por um momento,
a responsabilidade, falha)

A mocinha, segurando o vestido, correndo delicadamente
Com seus cabelos soltos voando em direção a seu amante
E ele, em busca do seu sorriso,
Do seu corpo doce, sensível, selvagem.

Param na estalagem
Entre os relinchos dos cavalos, 
Suspiros cansados
Respiração pesada
Sorrisos e suores.

Num golpe
Ele abraça-a
Envolve-a, protege-a
Ama-a, com toda sua jovialidade;
Como uma gota
Ela se entrega 

Entre beijos,
Olhares
Carícias
Cabelos emaranhados
O vento unindo os corpos
As mentes se aprofundando,
Vivem o mundo que criam
Os sonhos que almejam
Vivem cada sensação proporcionada
E ao mesmo tempo, vivem em suas mentes.


04/04/2014

Tento alcançar o céu e as estrelas
Mas alguém cortou minhas asas.

Canso-me de outros seres
Quero trancafiar-me nos meus monstros
Deixar que eles me acariciam com suas garras

Mas eles fazem mal 
E a melancolia não deveria ser algo atraente. 

Quero me perder no mundo dos sonhos e do sono
Quero que o mundo silencie
Quero que meus olhos se fecham
Quero que meu corpo descanse. 

No doce deserto da minha escuridão
Escondo-me nas dunas 
Partilho meu alimento com meus dinossauros 
E assim, vou, sumindo
Desaparecendo,
Sucumbindo.
''Pane no sistema,
Alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo.
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava  que ali batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado.
... E eu achando que tinha me libertado.

E lá vem eles novamente, eu sei o que vou fazer:
Reinstalar o sistema.

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga,
Tenha, more, gaste e viva" Pitty.

03/04/2014

Na angústia perene
Sinto-me sufocada dentro do corpo
As dores se ramificando
Procurando me distrair.

O mundo se cala
Introspectiva,
Uma lágrima.

Nas tranquilas águas
Do  meu silêncio
Entrego minhas sensações.

Agonizante, suspiro.
Trancafiando o que eu sinto
Corrói-me por dentro.

Uma casca se rompendo
Fragmentando-se ao que eu desconheço
E todo esse quebra-cabeça
Que desfará-se em peças perdidas 

 o mais difícil da vida é vencer a si mesmo. o que isso significa? significa abdicar de prazeres momentâneos para colher um e se transformar...