Uma sala
Rodeada por música.
Um corpo no meio,
Sentado enfrente ao espelho.
- o escuro -
Instintivamente,
As notas começam a ser dedilhadas
Os olhos se fecham
Os ouvidos se concentram
Apenas aquilo conseguia escutar.
Mesmo que afinação pendia
O som estava sujo
E o legato não saía
Mas foi capaz de envolver
De se perder em meio aquela suíte.
E sem querer, abriu os olhos:
Foi como sair à força de um transe.
O corpo se olha no espelho
Não conhece aquela sombra que paira à sua frente.
Sente um arrepio no corpo inteiro
Sente medo do escuro.
Não sabe faz parte daquele corpo
E daquele reflexo.
É necessário fugir de lá.
As árvores, as nuvens e a lua
Dissipam todos pensamentos ruins,
Porém, de olhos fechados
Vê imagens mortas,
O medo do escuro atormenta
Ruídos incomodam
E a organização se torna obsessiva.
Fecha-se no mundo.
O rosto - pálido - não quer visitantes
(a não ser se for pra entrar alguém que irá tirá-lo dali)
Não quer escutar mais vozes
Quer trancar=-se no baú, e jogá-lo ao mar.
Rodeada por música.
Um corpo no meio,
Sentado enfrente ao espelho.
- o escuro -
Instintivamente,
As notas começam a ser dedilhadas
Os olhos se fecham
Os ouvidos se concentram
Apenas aquilo conseguia escutar.
Mesmo que afinação pendia
O som estava sujo
E o legato não saía
Mas foi capaz de envolver
De se perder em meio aquela suíte.
E sem querer, abriu os olhos:
Foi como sair à força de um transe.
O corpo se olha no espelho
Não conhece aquela sombra que paira à sua frente.
Sente um arrepio no corpo inteiro
Sente medo do escuro.
Não sabe faz parte daquele corpo
E daquele reflexo.
É necessário fugir de lá.
As árvores, as nuvens e a lua
Dissipam todos pensamentos ruins,
Porém, de olhos fechados
Vê imagens mortas,
O medo do escuro atormenta
Ruídos incomodam
E a organização se torna obsessiva.
Fecha-se no mundo.
O rosto - pálido - não quer visitantes
(a não ser se for pra entrar alguém que irá tirá-lo dali)
Não quer escutar mais vozes
Quer trancar=-se no baú, e jogá-lo ao mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário