Estou rumando os mesmos passos. Todas sensações e sentimentos misturados como água, frio e quente ao mesmo tempo. Mas hoje não pude me perder mim, não pude me concentrar, não pude fazer nada além de olhar-te, mesmo que tentando evitar tudo isso.
Te vi parado à porta, quis te abraçar por trás, te levar na chuva, e deixar mais uma vez que a chuva nos guiasse e silenciasse o mundo à fora. E depois o que restou da chuva no meu cabelo, eu não sentia nada. Eu sentia a tua falta apenas, nem a chuva foi capaz de molhar pensamentos pra me tranquilizar. (antes quando dormia, descansava de tudo, mas agora a insônia volta, acordo tantas vezes na madrugada e teu rosto e teus olhos me vem em sonhos)
E foram três vezes principais que quis fugir dos seus, mas seus negros olhos me confortam, mesmo com a distância e com a dor, me sinto protegida - mas não é certo.
''Não desejarás a mulher do próximo'' - eu realmente me sinto perdida com isso.
Tive que silenciar-me, pois o egocentrismo estava querendo tomar conta de mim, do meu tempo e das minhas palavras. Minha ira estava a ponto de transpor-se para meus dedos, e você receberia o que não deve sair do meu silêncio. Tive que silenciar-me pra não me declarar inteiramente à você, e querer acabar com isso de uma vez por todas.
Sonhos e vontades transbordando, mal sei definir meu estado ou humor diário. Às vezes pareço estar regredindo em todos sentidos da minha vida, minha alimentação volta a falhar profundamente, nos estudos, nunca está bom suficiente, mesmo que ainda não me entrego da forma que preciso - mas que voltaria ser minha doença. Quero me perder nas coleções bestas, só pra contar e recontar, só pra distrair os pensamentos, mas que sempre remetem à você.
Não sei porque, mas não sinto mais a idade tomando o corpo; sinto ter parado no tempo, e nenhuma evolução pode continuar. Por mais que eu me esforce para não me perder nos dias, deixar de honrar meus compromissos - e me concentrar neles, tudo parece igual. Nem a noite tem tanta influência como antes. O sono se tornou algo por se fazer, minha ''estabilidade'' nos estudos mais um martírio.
Aquela conversa, aqueles olhares, tive vontade de perder-me. Esquecer o tempo, e me flutuar nos teus olhares, afundar no teu silêncio, escorrer pelos teus dedos, pingar e retornar. Ao mesmo tempo que tentava te tratar como um estranho, ainda sentia nossa intimidade, trancada, bem quietinha - querendo explodir. Querendo que eu tocasse teu rosto, colocasse tua cabeça no meu peito para descansares um pouquinho que fosse. Desde então, meu corpo e tudo o que sou quis voltar com mais força para seu lado, quis fingir que tudo já passou, e esse ciclo terminou. Mas ainda é março, a lua está por vir.
Nos meus desenhos e palavras que guardo pra mim, tento manter um pouco da lucidez pra não te roubar do mundo e fugir para baixo da escada, contar todos os segredos que estou guardando durante esse tempo. Trocar risadinhas baixinhas e bobas, ''sem querer'' encostar minha mão na sua, e ser namoradinha criança novamente.
Escutei tantas palavras, tantas indecisões suas...
Meu coração sente o teu, minha respiração ainda respira contigo - mesmo que na maioria das vezes é mais acelerada, mas quando quero sentir-lhe, me acalmo, e sinto teu corpo.
Sem alguma vez ter sido de fato sua, e mesmo não podendo, me entreguei à isso, e desde então, considerei a minha vida como sendo nossa.
Te vi parado à porta, quis te abraçar por trás, te levar na chuva, e deixar mais uma vez que a chuva nos guiasse e silenciasse o mundo à fora. E depois o que restou da chuva no meu cabelo, eu não sentia nada. Eu sentia a tua falta apenas, nem a chuva foi capaz de molhar pensamentos pra me tranquilizar. (antes quando dormia, descansava de tudo, mas agora a insônia volta, acordo tantas vezes na madrugada e teu rosto e teus olhos me vem em sonhos)
E foram três vezes principais que quis fugir dos seus, mas seus negros olhos me confortam, mesmo com a distância e com a dor, me sinto protegida - mas não é certo.
''Não desejarás a mulher do próximo'' - eu realmente me sinto perdida com isso.
Tive que silenciar-me, pois o egocentrismo estava querendo tomar conta de mim, do meu tempo e das minhas palavras. Minha ira estava a ponto de transpor-se para meus dedos, e você receberia o que não deve sair do meu silêncio. Tive que silenciar-me pra não me declarar inteiramente à você, e querer acabar com isso de uma vez por todas.
Sonhos e vontades transbordando, mal sei definir meu estado ou humor diário. Às vezes pareço estar regredindo em todos sentidos da minha vida, minha alimentação volta a falhar profundamente, nos estudos, nunca está bom suficiente, mesmo que ainda não me entrego da forma que preciso - mas que voltaria ser minha doença. Quero me perder nas coleções bestas, só pra contar e recontar, só pra distrair os pensamentos, mas que sempre remetem à você.
Não sei porque, mas não sinto mais a idade tomando o corpo; sinto ter parado no tempo, e nenhuma evolução pode continuar. Por mais que eu me esforce para não me perder nos dias, deixar de honrar meus compromissos - e me concentrar neles, tudo parece igual. Nem a noite tem tanta influência como antes. O sono se tornou algo por se fazer, minha ''estabilidade'' nos estudos mais um martírio.
Aquela conversa, aqueles olhares, tive vontade de perder-me. Esquecer o tempo, e me flutuar nos teus olhares, afundar no teu silêncio, escorrer pelos teus dedos, pingar e retornar. Ao mesmo tempo que tentava te tratar como um estranho, ainda sentia nossa intimidade, trancada, bem quietinha - querendo explodir. Querendo que eu tocasse teu rosto, colocasse tua cabeça no meu peito para descansares um pouquinho que fosse. Desde então, meu corpo e tudo o que sou quis voltar com mais força para seu lado, quis fingir que tudo já passou, e esse ciclo terminou. Mas ainda é março, a lua está por vir.
Nos meus desenhos e palavras que guardo pra mim, tento manter um pouco da lucidez pra não te roubar do mundo e fugir para baixo da escada, contar todos os segredos que estou guardando durante esse tempo. Trocar risadinhas baixinhas e bobas, ''sem querer'' encostar minha mão na sua, e ser namoradinha criança novamente.
Escutei tantas palavras, tantas indecisões suas...
Meu coração sente o teu, minha respiração ainda respira contigo - mesmo que na maioria das vezes é mais acelerada, mas quando quero sentir-lhe, me acalmo, e sinto teu corpo.
Sem alguma vez ter sido de fato sua, e mesmo não podendo, me entreguei à isso, e desde então, considerei a minha vida como sendo nossa.
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