Meus ouvidos lacrimejam por barulhos desgovernados
Mas se alegram ao ouvir sua segunda voz,
Passando por algo vazio, cria-se.

Me seguro pra não chorar
Me seguro pra não te olhar obsessivamente
Me seguro pra não abandonar aquela sala
E te levar junto pra um cantinho escuro
E trocar segredos como duas pequeninas crianças.

Meu corpo fica doente
Os vícios querem voltar,
Para que a dor se externalize
Mas eu não preciso de doença
Ela não me é natural.

... E se ainda eu pudesse me perder demoradamente no teu olhar ...
Se eu parasse de desejar o frio para que ele cauterize o que sinto -
Mas ele só alimenta tudo o que mais quero.