31/07/2013

Eu cairia de amores por você...

Como uma pétala que retorna ao chão devolvendo-lhe a vida,
Como uma rosa frágil por si própria e forte por seus espinhos,
Como uma pequena semente que retorna ao campo, logo em seguida, surgindo-lhe os brotos.
Como a planta de um café, que antes, tão frágil ao frio, e tão amargo quando seus grãos estão cheios de vida.
Como o pólen que a abelha deixa cair e cria a vida novamente.

Renovaria o que sinto
E o aumentaria a cada sorriso que surgisse no canto da tua boca,
A cada olhar perdido e profundo diante dos meus,
A cada suspiro e pensamentos cheios de saudade.

Eu cairia de amores por você...
Como uma irmã mais velha que protege o irmãozinho
Com uma irmã mais nova que quer a proteção do guerreiro sem muito heroísmo.
Como uma amante lhe amando como meu homem,
Como uma criança que ama cegamente, confia-lhe a vida,

Em espirais, surgiria o meu amor,
Num certo ciclismo isso viveria em mim.
Renovando-se a cada passo.
Sentindo a rotação diferente a cada hora
Sentindo a vida surgir em cada ponto esquecido.

Perdendo-me alguns momentos em o que eu sou
Entregando e tendo a coragem de lhe dizer:
Eu cairia de amores por você sem medo de proferir isso,
Sem medo de ser ridicularizada por um romantismo ultrapassado
Mas confiante, que um pouco possa ser compreendido
Possa ser ouvido, sem deixar tudo isso passar.


29/07/2013

Palavras e necessidade silenciadas.

   Fugi da complexidade de mim, para entrar em mim mesma. Cansei da minha voz e talvez por isso queira silenciá-la.
   Cansei de proferir coisas que mal sinto e cansei de silenciar o que precisa ser dito.
   Nessa confusão mental, onde pensamentos se alteram rapidamente, onde uma hora quero isso, outra, quero nada, tive uma conversa em voz alta comigo mesma e quase chorei por ter me maltratado, por ter dito o que me vinha à cabeça e não compreendido o que preciso. Ao menos, o corpo se aquietou, os passos ralentaram, movimentos diminuíram. 
   Odiando cada elogio, querendo um abraço. Quase abordando a próxima pessoa que viesse à frente. Odiando olhares que olhavam meu lado físico, mas queria imensamente que alguém perguntasse como eu me sentia. Talvez debulhasse-me em lágrimas, cairia nos ombros e então, depois de cansada, sorriria. Mas a minha fobia não me permitiria. Faria com que eu disse que estava bem, ignoraria o fato de estar explodindo por dentro. Depois, quando chegasse no silêncio do meu quarto, tentaria conversar com as vidas presentes, mas eles não falariam. E no silêncio e escuro, choraria de verdade, choraria como tivesse que ser, choraria pra expor de alguma forma o que preciso ser dito, já que em palavras e a minha voz, cansaram-me. Em outros momentos, não perceberia o quão ansiosa estaria, e debulharia-me em comidas e lágrimas, estas últimas, salgando o bolo, o bolo não adoçando meus pensamentos. 
  Mas ainda sim quero o bolo. (:

Descobertas e sorrisos.

Quantas vezes já pensei em tirar minha vida...
Quantas vezes pensei em desistir dos passos caso não dessem certo...
Quantas vezes pensei em voltar pro mundo obscuro perdido...

   Então me lembro, não da dificuldades que tive até chegar aqui, mas quão belo e saboroso é experimentar o caminho da felicidade e dos sonhos, das conquistas, mesmo que pequenas; dos atos de generosidade - comigo mesma. Das minhas festas particulares que só tem eu.
   São nesses momentos em que me sinto livre para ser eu mesma, sem medo da vida, dos sonhos que construo e vejo como são lindos, ou de como será minha vida no futuro. Mas eu não preciso me preocupar em ficar bem, só preciso me preocupar em não ficar tão mal. É claro que momentos de tristeza virão. Mas é como uma folha em branco e um ponto no meio dela. Posso enxergar o ponto como algo pequeno, na imensa folha em branco, ou posso dizer que aquele é o defeito da folha. É claro que momentos de dúvida, incerteza, fraqueza virão, mas é só lembrar que eles passam.
   As dúvidas servem para nos permitirmos a ter diversos pontos de vistas sobre um mesmo assunto e nos permitirmos a escolher. As incertezas, para não nos precipitarmos em dar o próximo passo sem antes ter a certeza e sentir que aquilo é o mais próximo do certo a fazer. A fraqueza, para nos lembrar de que somos fracos, que não podemos acreditar cegamente na suposta força que temos quando estamos bem, que temos que admiti-la e lutar contra os monstros que expõem nossos medos.
   As coisas estão caminhando muito bem, mesmo que algumas vezes eu me sinta atraída a me retrair e me esconder no meu mundo perdido, mas de qualquer forma estou vivendo no meu mundo, na minha felicidade. Ainda que não sinta-a em todos momentos, sinto a paz invadindo meus pensamentos. Me preocupo, ou me entristeço à toa, algumas vezes. Sei onde encontrar a serenidade que sempre peço, porém sinto-me fraca em andar.
   Mesmo que eu tenha a coragem de não ficar parada, me sinto cansada em ter que andar sozinha (mesmo sabendo que não estou). Essa mania de saber como sair dos piores lugares da minha mente faz com que seja egoísta e não aceite ajuda muitas vezes, ou queira me mostrar corajosa e forte por conseguir caminhar mesmo que cansada.
   Aprendi que sou humana também. Cansei de tentar parecer uma semi-deusa. Preciso de carinho e atenção. Por mais que eu não gosto de admitir minha carência, aqui estou admitindo-a. Sinto falta de conversas reais, de amigo, de horas bobas, de pessoas, de mais vento no rosto ao fim da tarde, vendo o por do sol. Às vezes me canso em inventar músicas sozinha, brincar sozinha, conversar sozinha, observar sozinha, a natureza.
  Talvez por essa carência, eu não saiba muito me dar bem com as pessoas. Por isso me limitei e quase me proíbo em conhecer novas pessoas. Mas acho que eu não sei que não preciso ter uma amizade profunda. Acho que eu só preciso conversar mais, mesmo achando que não seja necessário, mesmo não sentindo tanta falta assim. (Por mais que eu esteja cansada, sempre tive que criar minhas próprias brincadeiras e os diálogos das minhas bonecas)
   Estou me contradizendo nesse quesito de amizade vs necessidade de diálogos. Ao mesmo tempo que queria ter mais amigos, não quero, porque o que tenho me é necessário - acredito ser mais uma vez o monstro do meu egocentrismo querendo me expor, querendo se sentir importante no mesmo nível em que ele é pra mim. Mas vou me curar disso. Vou encontrar meu equilíbrio e parar com essa necessidade boba de pessoas. Se eu não me sinto parte do mundo de ninguém de fora, porque eu deveria querer entrar, entender um pouco e depois ir embora? Isso também pode machucá-los. Isso eu quero evitar. Machucar as pessoas. Acho que vou me dar um jeito, e ficar assim, longe deles, quase invisível. Eles não sentirão vontade, nem falta. E eu posso me reacostumar com poucas pessoas e muitos sonhos no meu mundo.

   Alguns meses atrás, eu tentei mudar essas características que sempre estiveram óbvias em mim. Tentei ser popular, legal, atraente fisicamente, uma pessoa 'normal'. Com isso, deixei de estudar o quanto estudava, de ler, pintar, brincar, de ser eu mesma. Criei uma personagem muito bonita aos olhos de quem conhecia superficialmente. Só que nem eu, nem as pessoas que estavam ao meu lado sabíamos que eu estava morrendo por dentro. Que estava apodrecendo. Comecei a sentir falta de mim (e até hoje ainda sinto - mesmo me aproximando mais), as lágrimas falavam por mim a dor que eu sentia. Aos poucos abandonei a superficialidade e comecei a entender e ver meus erros comigo mesma.  Alguém real me ajudou a sair de onde eu estava, me ajudou a ter os sentidos recompostos novamente: Voltei a viver! Mudanças complexas estavam envolvidas. Mas por algum motivo, eu não tive medo de encará-las, e lutar até me sentir fraca o suficiente pra querer ser carregada no colo. (ainda sinto essa vontade, mas não é justo se ainda sinto um pouco de forças pra me arrastar).
   

28/07/2013

com a mente explodindo, me deito pra acalmar os pensamentos
pego no sono, e ainda os monstros aparecem nos meus sonhos.
eles são tão piores ali, porque eles falam comigo
fazem coisas ruins e acordo pior do que se tivesse me mantido acordada,
esgotada pelo cansaço.
mensagens estranhas na madrugada, parecem ter ligações com esse monstros
eles me ouvem de alguma forma?
ou é apenas mero fato de coincidência?

as necessidades de desculpas será que está tão evidente que eles me procuram
lembrando da minha culpa e da minha falta?
espero que me deixem em paz quando eu resolver tudo isso.

eu não quero mais remoer as histórias do passado
nem me sentir mais culpada por cada ação errada que cometi.
e assolada pelo medo, tenho medo de mostrar diante as verdades.

27/07/2013

O Vendedor de Sonhos - Augusto Cury

   ''Sem sonhos, os monstros que nos assediam, estejam eles alojados na nossa mente ou no terreno social, nos controlarão. O objetivo fundamental dos sonhos não é o sucesso, mas nos livrar do fantasma do conformismo.'' - p. 61

   ''Se seus sonhos forem desejos e não projetos de vida, certamente vocês levarão para a sepultura seus conflitos. Sonhos sem projetos produzem pessoas frustradas, servas do sistema.'' - p. 62

   ''Conquistas sem riscos são sonhos sem méritos. Ninguém é digno dos sonhos se não usar suas derrotas para cultivá-los.'' - p. 63

   ''Não é a dor que nos muda, como há milhares de anos pensamos, mas a utilização inteligente dessa dor que fazemos ao longo da vida.'' - p. 89

   ''Não tenha medo do caminho, tenha medo de não caminhar.'' - p. 104

  ''[...]e entender que toda escolha traz frustrações, não apenas ganhos.'' - p.120

  ''Não se enganem, o ser humano morre não quando seu coração deixa de pulsar, mas quando de alguma forma deixa de se sentir importante.'' - p. 141




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   Me proibia em me afogar no meu mundo, e agora, procurando a saída, não quero sair daqui. Porque a dor sempre foi tão linda, sempre foi tão doce, tão sombria, fria, junto com o inverno e o fogo visto de longe, crio outro mundo confortável.
   Me limitava em pensar coisas racionais, mas por sorte, alguém me livrou disso e trouxe de volta minha insanidade lúcida. Não abandonei nenhum sonho, talvez, até os deseje mais fortemente agora! Esse lugar do meu mundo me agrada tanto, mesmo que seja um pouco egoísta da minha parte querer me encontrar novamente na minha solidão, e sinto um certo tipo de desespero, miscigenado com felicidade meio contida.
   Estou cansada de ter medo do futuro, talvez por estar preocupada demais com ele e esquecendo de viver/me preparar no presente. Posso ficar louca com a minha rotina, mas sem ela estou ficando degradada. Queria meu Demian de volta, mas eu o matei. Queria minha Morgana, mas ela está silenciada e perdida em outro mundo. Queria minha Constine e Morguine, mas dei adeus à todas elas. Quero meu doce mundo sombrio novamente, que eu consigo refazê-lo em mim. Só quero sua doçura e paz novamente. Quero voltar a sentir eu mesma, quero me ser suficiente, mesmo que não sinta ser suficiente. Quero as palavras balbuciadas e que tenham algum sentido, ou sem sentido, mas que me lembrem que ainda vivo. Mesmo que o que eu faça não tenha sentido muito claro, mas que assim o tenha para mim.

24/07/2013

diante dos teus olhos me calo
diante dos meus, te observo e choro.

em meio às minhas vontades
o desespero de te proteger prevalece.
terei que me esconder.
não me procure enquanto não se achar.
estarei em um lugar que possa me ver
mas talvez não consiga me tocar.

volte quando sentir que está bem
volte quando puder pular.
vou sentar na beirinha e ficar te olhando
e olhando o que me (nos) espera.
procurar meu caminho, o que preciso fazer.
não sinta pressa. não se apresse.

vou sentar na beirinha pra sentir o frio na barriga sempre
e não ter medo de pular quando você estiver pronto.
estive
estava
caindo.
não quero
mais.
sentir
o quê?

mudar,
mudanças,
mundo.
meu mundo...
caiu?

perdeu
perdi
perdeu-me
de quem eu
quis me esconder?

falta.
sinto
falta.
de mim
de você
de nós
o que sou agora?

uma
duas
três vezes
não consigo proferir verdades
não consigo proferir o que sinto

que sou
quem sou?
não sinto.

Frio x Comodidade

Me agrada e me maltrata.
Deixando roxas as cicatrizes
Deixando vermelhas as mãos
Deixando saudade e sonhos voadores

A luz da lua cheia me acorda
Me faz lembrar que o frio está me consumindo aos poucos.
Não posso correr, não posso correr,
Preciso me sentir viva
Preciso de alguma forma sentir meu corpo por dentro.

Cada vento, cada pedaço de roupa que falta
Faz que eu sinta que estou aqui novamente.
Mas os pensamentos, e vontades não são alimentados por ele
E mesmo que protegidos, intocáveis, precisam viver.
Precisam de calor ou de frio, precisam sair da neutralidade.
Precisam estar quentes novamente, pulsantes
Quase insuportáveis se não pô-los em prática,

Estou ficando doente
Não por não poder correr ou voltar logo à rotina,
Mas por não ter forças para senti-los como os sentia outrora.



21/07/2013

Passos largos, cansados, querendo chegar logo ao destino.
O destino chamando, gritando, incansavelmente nos ouvidos.
A luz, a confiança e felicidade.
Pupilas dilatando a cada encontro,
O mundo diante dos braços, do corpo, da alma.


Quase pronto!
Segurar nos meus braços teus olhos Me perder em todos os cantos da casa. Será que a dor continuará pelo medo? Ou tudo do novo trará a coragem? A suficiência de mim mesma... Preciso de fato disso? Aceitar e querer meus limites Até quando isso ficará aberto? (e por algum ''acaso'' me esforço para cicatrizar?) Insegurança invade alguns sonhos, E o medo novamente assombra sonhos em vigília. Medo de mim, do mundo ou da felicidade? De tentar, ser rejeitada, não ser suficiente - Pra quem mesmo?

17/07/2013


Eu não quero ter motivos pra lembrar do passado que só traz assombração quando revejo o que me fa lembrar cada minuto daqueles dias. Imagens, músicas, sensações e o medo. Basta abandonar. Trancar bem no fundo para que raramente possa lembrar daquilo que me mantinha caída. E então, criar novos baús para novas lembranças. c: Welcome, New World! Welcome, New Life!

11/07/2013

Cale-se com a música
Deixe-a ensurdecer barulhos externos.
Se não souber criar, brinque.
Apenas não deixe que seus (maus) pensamentos lhe consumam.

Deixe as pontas dos dedos carcomidas
Deixe nas pontas, a afinação
Deixe que as pontas saibam o que fazer!

O sonho moldado,
O caminho mostrado
Pernas e mente cansados
Basta dar o primeiro.
Deixe de fora os medos e paranoias
Faça como quiser.
Será diferente do que foi um dia
Pois nada é a mesma coisa duas vezes.

Sua mente, um pouco mais crescida
Pode manipular os medos e jogá-los fora.
O único medo agora é de tentar.


09/07/2013

ressentido
ressentindo
refazendo,
reaprendendo.
ao invés de refazer,
esqueça e cresça.

o que eu fiz, e esqueci
diálogos insanos para compreender
a solidão dos meus pensamentos
que não cessavam em parar.
o silêncio envolvia e me acalmava.
engolia meu grito
por fim dormia.

diagramas
anagramas
repetindo séries incompreensíveis.
respondendo à mais um engate,
um gatilho das lembranças
simplórias e profundas.
na sua magnitude, por fim,
esqueço e me desvio desse caminho
desse atraso vital.

sustentando
suspirando
olhando friamente para aquilo.
ríspidos olhares para o espelho
que deveria ter sido quebrado.

08/07/2013

Demian!

O quanto lhe maltratei, colocando minha culpa no teu colo. Meu caro, que me protege, e surge quando preciso nascer. Demian. Só eu que o que representas à mim e a singularidade de sua personalidade que criei, vive em mim. Mesmo quando eu não quero, continua queimando em meu interior. Demian. Que o materializei em quem não merecia, quem me cegou e me fiz cega. Mas agora vejo resplandecer em mim e em minhas vontades.

Sua feição clara, fria, distante; ao mesmo tempo sombrio, quente e próximo. Te fiz e te vi nascer e morrer, como fiz isso. Mas de forma singular agora, recorro à ti, mais uma vez, não me esquecendo da minha essência, do que me tornei, e do meu caminho. Não deixarei que me cegues novamente, mas que sejas um companheiro para as horas solitárias que haverei de entregar meu espírito para compreender e viver coisas inteligíveis à cousas terrenas.

*não tenhais medo.

Renovação Vital

   Me incomodava algo, ou muitas coisas me faziam remexer dentre as roupas de cama e a coberta que lembra a infância. Um cansaço mortal havia se estabelecido em mim e eu mal podia concentrar minhas forças e pensamentos nos teus firmes olhos castanhos-negros. Quando, de súbito, fui atormentada por um ruído ensurdecedor. Me assolavam pensamentos insanos de uma busca que acreditava ser incapaz de envolver totalmente em meus braços.
   Reconheci a doce visão que proporcionavam-me seu olhar, e a mais pura e atemporal sensação de ressuscitar em mim mesma o que a tanto tempo eu estivera matando.
  Migalhas de sujeira representavam a imaturidade do meu nascimento, mas mostrava a ascensão de um novo ser, repleto de vida, vontade, desejo e certeza do sonho e caminho.
  Nunca tive a visão do fim, ou nunca vi em mim as rugas que o tempo me consumiria aos poucos. Mas tinha a certeza que o fluído vital nunca ficaria acomodado e sempre se renovaria em mim. , 

(Re)Nascer e (Re)Conhecer o Mundo.

   Por muitas épocas, pusera-me a entristecer-me ao perder amigos, ou ao abandoná-los; ao sentir que a solidão assolava mais uma vez a minha vida. Mal sabia eu que. o tempo de cada coisa dura o suficiente para nos ser necessário. Mal sabia eu que; cada pessoa que encontramos é um pedaço para que conheçamos melhor à nós mesmos, e que possamos rumar, cada vez mais claramente, à nós mesmos.
   À essência que queima, renova, a todo tempo. 
   Em minha imaturidade, recorri à todos os tipos de vidas mundanas para reconhecer onde eu deveria viver, em qual espécie eu me sentiria mais à vontade. Mentindo, fingindo, fugindo, eu já sabia, e sempre soube onde era o lugar que, ao mesmo tempo me conforta, me mata e me faz renascer. Ao mesmo tempo que me deixa transbordando de felicidade interna (raramente exposta aos olhos sujos), sinto-me vazia, perdida e entregue aos mais monstruosos medos e paranoias das quais posso criar. E dessa mente tão fértil que me alimenta as esperanças, os sonhos, vontades, desejos e caminhos, entrego-me racionalmente ao fluxos que ocorrem espontaneamente.
   Deixei de procurar por não sentir possível que estaria em meu corpo novamente, mas sinto agora, perto, o que martela a cabeça todas as noites, mas não entendia como possuí-la. Paz.
   Por horas, achava que estar em paz é abandonar toda dificuldade e estar em uma plena e serena felicidade. Agora percebo que paz (a que desejo, e que me chama) é a que me faz lutar sem desanimar, mesmo ferida, caminhar, à passadas lentas. E quando recuperar-me, sorrir novamente, sem medo de ninguém. Com certa convicção, e talvez forte, por estar tão confiante em cada palavra, irei rumar minhas forças para o caminho, que mesmo sem saber do fim, me chama; mesmo sem saber onde me levará, sinto que suas ruas e calçadas me chamam. Não sei o que está por vir, só preciso estar preparada para o que seja feito. 

04/07/2013

''Quem quiser nascer, tem que destruir um mundo.''

O peso agoniante da fumaça presa na garganta. Sufocando pra que gire a cabeça o mais rápido possível.
Todos medos e paranoias postos na mesa, servidos com pão.
Sabores dos mais diversos da erva do chá errado.

Lágrimas querem cair, insistem em cair
Mas não me deixarei levar por elas, mais uma vez, e me sentir fraca.
(Mais do que eu sou ou sinta que esteja)

Que as lágrimas morram junto com a tristeza, agonia e ódio. 

03/07/2013

novas perspectivas

eu sou, não sou
o que sou?
eu tenho respondidas essas perguntas mas eu não sei como voltar a caminhar.
passo ante passo.
parece estranho, mas é como um salto, não sabe direito se vai dar certo, mas depois que dá o primeiro, sente-se seguro e livre para fazê-lo quantas vezes quiser.
e as quedas? algumas não se pode evitar, pois não sabe ao certo como caminhar, porém, isso não dá o direito de ficar no chão esperando alguém vir ajudar ou que alguém perceba que caiu.

caia, levante. faça isso quantas vezes forem necessárias. 

se se compreende o erro, faça manobras para encontrar o equilíbrio e ter o domínio. as opções de proteção são várias. basta querê-las ou aprender com cada cicatriz como fazer o correto.

posso apenas andar pra sentir o vento, ou posso me arriscar pra sentir o chão.
andar e continuar na comodidade da 'certeza', ou arriscar e encontrar mais coisas novas, e uma certa liberdade.



Fuga de olhares.

Por que seus olhos me confundem?
Eu os evito, mas parece que me chamam.

Distraída, sou atraída pra eles.

Você realmente quer me ver!?
Eu evito, mas sou atraída.
Queria entender, queria ver
Queria ser forte e não fugir mais.
Mas, o que você entende?
Se é que entende, ou sabe que sou eu.

Já nos observamos uma vez
Foi o suficiente pra eu saber que você não teme.
Eu não temo. Só que me confundem.
Mesmo que eles sejam... atraentes.
Também não quero ficar numa luta constante com eles todas as vezes que nos cruzarmos.

E... obrigada por me fazer lembrar que eu não gosto de fugir
Ou de desviar meu olhar,
Eu só não queria sonhar com isso, (ou ter pesadelos)
Mas por fim, estou tentando descrever algo que eu não queria lembrar.

Dessa vez, foi você quem me procurou.
Você quem procurou me olhar todas as vezes.

(talvez seja coisa da mina cabeça, talvez, só estivesse olhando uma pessoa qualquer, talvez ela nem sabia quem eu sou, talvez, eu esteja ficando paranoica com isso ._. )





02/07/2013

Espelho insatisfeito



Sem perceber, me acomodo novamente no que é mais fácil
E espero apenas.
Achando que tenho muito tempo pela frente, deixo para fazer as coisas depois
- Porque sei que terei tempo.

O que preciso viver agora, não vivo. Meu sono me leva pra um mundo que eu não quero mais ficar. Meus pesadelos e egoísmo consomem todas essas forças.

Abandonei muitos seres que fui e abandonei coisas que não deveria ter abandonado.
Abandonei muitos seres que me ajudariam no crescimento e preciso reencontrá-los.
Mesmo que à princípio fique louca, em um precipício sem volta, muito fundo também
- Mas é isso que estou buscando desde o primeiro passo!

Crescer realmente sem deixar dúvidas de quem me tornei.


Corpo e mente se cansam por nada. Ambos esperam que fiquem cansados até não aguentarem ficar em pé. Não acontece algo porque não há força suficiente pra sair e fazer alguma coisa.
Ambos estão cansados de lutar contra mim mesma, contra os desejos estúpidos que ainda insistem em me aborrecer.

Não posso deixar de ouvir Sua voz por um segundo sequer, se não, minha mente, ainda fraca, cairá. Eu preciso gritar, preciso deixar tudo sair, preciso deixar meus medos saírem pra que eu consiga respirar melhor daqui pra frente.

Me sinto vazia muitas vezes. O que tenho feito por mim mesma? O que tenho feito pra me satisfazer? O que faço para que todos monstros possam sair sem me machucar?
- Mudar quantas vezes for necessário pra me sentir satisfeita comigo mesma. Mais, eu preciso mudar mais.
- Why?
- Never will be good enough!

Eu sinto que eles querem voltar, querem que seus nomes se estampem novamente nas telas e nas músicas, que eu perca minhas características. Mas se eles são uma criação minha, por que eu não os admito logo de uma vez? 

 o mais difícil da vida é vencer a si mesmo. o que isso significa? significa abdicar de prazeres momentâneos para colher um e se transformar...