02/05/2014

seus olhos são como ímãs pontiagudos:
me atraem, mas arrancam-me lágrimas de sangue.

suas unhas são como garras
que cravam minhas costelas e deixam ferimentos profundos.

sua voz é como um fantasma
que me atormenta enquanto eu tento dormir.

trato a realidade de forma sarcástica
'' eu não deixarei de executar meu direito como cidadã por uma vontade sua."

todas sensações revolvendo meu estômago,
revolvendo minhas lágrimas, pensamentos, sonhos
- mas as sensações é apenas consequência dos pensamentos.
por que devia eu me entregar a algo que não me faz bem?
por que devia eu maltratar meu corpo sendo que ele não tem culpa?

aquilo que eu sentia eu não sei descrever
se era medo, raiva, ira...
eu não poderia entregar-me aquilo.
já senti algumas vezes, e todas as vezes meu corpo sofreu as consequências
da minha imaturidade.

eu poderia por tudo a perder.
eu deveria por tudo a perder?
não. é claro que não.
estou aprendendo a ser paciente e passiva
só não sei até quando poderei aguentar esse teatro.

não vou deixar que a realidade me maltrate dessa forma
mesmo que seja covardia, irei fugir dela. 

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