30/04/2013

Desobediência

A mente está viajando
Enquanto o corpo permanece inquieto
A mente concentra a respiração
O corpo respira e sente a pulsação cardíaca.

24/04/2013

Gato (faminto) Folgado



''Gato folgado, comendo a ração.''
''Deixa o gato quieto, só está com fome.''
''Remu, pegue o bicho.''
''Remu, deixa quieto, tem nada ali.''
''Não pode deixar. Muito folgado. Gato folgado.''

Kira, gato, olho espantando. Latido miado miado corre corre corre. Fuga, medo, desespero. A janela aberta, entra. Fica no meio, quer pular dentro, quer pular fora, quer fugir de qualquer maneira. Respiração sôfrega. ''Fugir para onde?'' - A cama logicamente! ''Ele vai pra janela do quarto''. Tarde demais, ele já está na cama.

O que fazer, o que fazer...? ''Tira ele daí, alguém, por favor, tire! - Kira, o bicho, Remu, o bicho, pegue um pau''. ''Não mate-o por favor, eu disse que era pra deixar ele comer, só estava com fome. Olha que problema agora. Ninguém consegue tirá-lo daí.''

21/04/2013

Corpos flutuantes.


A mente viaja longe, o corpo quer alcançar!
Vai rápido..
Está tudo ficando sufocado.
Todas vontades, curiosidade

Não há nada mais que possa segurar o corpo
Pois a mente está muito longe.
Nem sabe quando tempo parou de existir por esse mundo..
O corpo desliza na cama,
Atinge o teto, flutua..

Sai de casa, encontra o outro ser voador e sonhador!
_ Veja quanto campo lindo, gramados verdes, sob o sol do outono, e do inverno. O vento fresco no rosto, dois corpos voadores, perdidos, desconhecidos. Mais desconhecidos os pontos qee viajam.. Flutuam no céu aberto.

Dimmu Borgir - Sorgens Kammer


Os Sofrimentos do Jovem Werther. - J.W. Goethe.




Estendo em vão os braços para prendê-la, ao raiar do dia, quando começo a despertar dos sonhos
importunos; à noite, estirado sobre a minha cama, procuro-a, embalde, se a inocente ilusão de um
sonho feliz faz-me acreditar que estou sentado junto dela, na campina, cobrindo de beijos a sua
mão! Ai de mim! Quando, ainda mal desperto, a procuro a meu lado, tateando, e, ao faze-lo,
arregalo completamente os olhos à realidade, uma torrente de lágrimas não pode mais ser contida
pelo meu coração esmagado.


Não posso dirigir minhas preces senão a ela; nenhuma outra figura, a não ser a dela, se apresenta à minha imaginação, e o mundo que me cerca, só o percebo quando tem com ela alguma relação. Só assim consigo fruir algumas horas de felicidade. . . até o momento em que é preciso que me retire de junto! Ó Wahlheim, se você soubesse até onde me levao coração! Quando passo junto dela duas ou três horas, alimentando-me da sua presença, das suas maneiras, da expressão celestial das suas palavras, pouco a pouco todos os meus sentidos adquirem uma tensão excessiva, meus olhos deixam de enxergar, mal consigo ouvir, sinto como que a mão de um assassino constringindo-me a garganta. Batendo desordenadamente, meu coração procura
atenuar a angústia dos meus sentidos, mas apenas consegue aumentar a minha perturbação ...
Wahlheim, quantas vezes, então, nem chego a saber se vivo neste mundo!

20/04/2013

Go!?

A cabeça fervilhando,
quer mudanças,
quer chorar.
Quer viver feliz..
Em qualquer lugar.

O medo talvez assombra..
O que será da minha vida depois?
Tenho que viver e arriscar,
qualquer coisa, é só voltar!

Sou invadida por tantas sensações
Vontades..
Deus, ajude-me!
Dói, martela, corrói...


Quero recomeçar algo que nem teve um principio para ser modificado...
Estou ficando quase neurótica/paranoica com tudo isso.

(:

18/04/2013

Dias Insanos..


Pode parecer que estou fugindo da realidade, por ser difícil talvez. Mas não quero provar nada a ninguém. Não quero me destacar. Se eu tiver que aprender algo, será por curiosidade, não por um mero diploma e destaque. Sempre fui invisível. As pessoas que cobravam de mim que eu subisse no pódio. Sempre tive vergonha de tirar fotos, e eles queriam que todos vissem meu rosto no primeiro lugar.
.. O que nos falta para partir?

Defeito de Fábrica

(Ou a aproximação de ser humano)

Tentou abandonar o óculos por algum período, ou voltar a usar as lentes mais fracas. Mas olhava para a lua desfocada, via sombra para cima, para baixo, para os lados. As estrelas se triplicavam, e não era tão legal de observa-las desse modo. Pelo menos possuía algo qre lhe deixava mais próxima à realidade física.

17/04/2013

O apostador de sonhos.

Vivia seu teatro monótono. Mesmo gostando, em demasia das coisas que fazia, que trabalhava, estudava, as pessoas que convivia, era um teatro sobre a vida. Por isso, sentia, todas as noites, antes de dormir que, faltava algo para realmente viver, mostrar o que é a vida. Sair do teatro, ir para os bastidores, tirar a roupa da peça, a maquiagem e sair para a vida.

Possuía sonhos que não eram dele. Sonhos preestabelecidos (dos quais acreditava que era parte de sua essência) que se confundia, e demorava a acreditar naquilo. Com a vida feita, trabalho certo, deitava na cama, depois do trabalho, depois do banho, e da comida rotineira, olhava para o teto escuro do quarto, e refletia. Poderia estar tudo bem, deveria estar tudo bem, mas não estava. Faltava algo, sentia que precisava de algo.

Precisava de algo.

Saiu pela manhã, de um sábado qualquer, olhando a rua, observando pessoas, observando a natureza, os carros, o movimento. Até que, uma criatura chamou a atenção. Destacou-se naquela agitação. Seus olhos não conseguiam sair daquele ponto, da criatura, com olhos mais profundos e perplexos. Sentia a palpitação do coração, pensamentos acelerados, uma vontade imensa de ir, conversar, sentar ao lado, qualquer coisa que fosse, não poderia perder aquilo.

Subitamente, os olhos se encontraram, tentaram disfarçar, tentaram evitar, mas era mais forte que o corpo poderia suportar.
Tentaram algumas passadas um em direção ao outro, tropeçando nos próprios passos, esbarrando nos transeuntes, esquecendo do tempo, da vida que acontecia.

O mundo acontecia naquele olhar. A felicidade começava a brotar, instantânea e puramente.  Tentaram, mais uma vez, bruscamente, ir um ao encontro do outro. Mas o corpo não obedecia. Uma linha, um muro, barreira não deixava chegarem perto. Trocar palavras que não sairiam, nem existiam. Retomaram seus caminhos (incertos), perderam-se.

De volta para casa, para realidade.
Observava tudo novamente, sentia uma melancolia maior do que a sua diária. Olhava para os pedintes na rua, jogava-lhe uns vinte reais, jogava o quanto de dinheiro tinha na carteira. Pois tudo o que ainda restava de são, estava falecendo no corpo. A peça teatral estava matando o corpo.
Largou o dinheiro, apostou nos sonhos alheios. Se não fosse dinheiro, o problema, tentava encorajar as pessoas. (E mal notava que os seus próprios - naquele olhar perturbador e magnífico - estava sendo esquecidos, novamente).

A mente inquieta, pelas ruas da cidade, procurava loucamente o olhar. O olhar que entendia, protegia, deixava bem e ao mesmo tempo, transbordando de uma sensação inédita, incompreensível. Queria novamente a sensação do olhar. De perder a noção temporal, rítmica do corpo. Eram naqueles olhos que ia aos bastidores para descansar de uma peça para a outra.

Aos poucos, foi abandonando a vida rotineira, os estudos, trabalhos, pessoas.. Saía do seu contexto para procurar o olhar.. Não queria nada mais. Precisava de nada mais. Não diante daquele olhar.

Cansado, triste, solitário. Sentou no banco afastado da praça. Cruzou as pernas, entrelaçou os dedos, olhando fixamente para o meio fio.
Sentou uma pessoa ao seu lado, da qual a presença começou a lhe incomodar. Não queria olhar para  o lado pois estava centrado no seu mundo. Era uma necessidade, outra que, o corpo não poderia responder.

Olhou.

Os olhos negros, fitando-o. Espantou-se por um momento. Não sabia como agir. Reencontrou-os!
Que surpresa, que alegria, queria abraçar, queria guardar para si os olhos mais lindos, o olhar mais encantador, perplexo, sombrio, misterioso, meigo, simpático, aconchegante, acolhedor.
Um turbilhão de pensamentos rodava pela cabeça de ambos, fervia a mente. Mas não se conheciam, não sabiam nomes; Nada. O que sabiam um sobre o outro era o olhar, e nada mais.

E apenas com isso, sabiam que era o suficiente.

(...)



15/04/2013

Agonizante sensação de perca e delírio.

Tanta cobrança.
- Você tem que ser isso, você tem que ser aquilo.
- Cuidado com as pessoas, não fale com estranhos. Não leve estranhos pra sua casa.
Recomendações dali, e daqui. Eu acabo enlouquecendo.
Mas desde o principio eu fiz tudo isso mirando pra minha felicidade. Sempre esperando pra dar o bote na hora certa. Fazer com que meus sonhos insanos sejam efetuados como atos de coragem, como crescimento pessoal/profissional.

 Em lágrimas eu grito: Porque eu simplesmente não abandono tudo e vou. Chorar em qualquer outro canto do país, tanto faz. Tudo dói. O desespero. A agonia. O sentimento. - Com ou sem você - que parece-me tão distante, que parece uma luz, um sol, de tão lindo, e tão distante. Que alimenta..

Essas palavras (estúpidas) por não demonstrarem a dor, mas pra quê demonstrar qualquer sentimento sendo que ambos causam culpa. Causam o inatingível. Causam vontade de sumir, ou morrer muitas vezes. Morrer de sentimento, sensação, ligação (não me atrevo a conceituar), existe?

Werther.. Tantos morreram depois de lê-lo. Seria eu outra?
Seria eu outra.. Apenas, uma qualquer, dentre tantos bilhões de seres.
Com dores, pensamentos. Como os meus?

No ápice de tudo, eu espero que no fim, tenha um paraíso.
(E saber que meu paraíso é você)

Realidade x Ilusão.

Pensamentos são apenas pensamentos,
Ideias, imagens, sons. Apenas na mente de quem os cria/vê.

À partir do momento que tenta expressar
Com palavras, ações, aí sim, eles podem representar perigo.
A desaprovação, o medo.

Sufocando-me em mim para não te perder.
Talvez eu te perca todos os dias.
- Mas como perder algo que não é meu?

Sufocando-me em minhas palavras
Para que não te afetem..
Oh meu bem, meu querido,
Meu irmão, eu quero lhe proteger..

Feliz Ano Novo.

Acho que nunca fui de entender direito as festas de ano novo.
Mas agora, eu compreendo.
Meu ano novo começou em agosto de 2012, aquilo sim..
E desde então, parece que um ciclo tem se formado.
Eu devia comemorar?
Irei comemorar na minha casa nova.
Outro ano novo, talvez.

Eu poderia também, comemorar todos os dias novos.
Por que não?
Por que só os anos que devem ser festejados?

Tempo

Quero mais tempo
Pra me perder no meu mundo.
Escrever minhas loucuras.
Tanto vividas, quanto imaginadas.

Muita coisa me meti pra evoluir
Mas estou levando um pouco empurrando.
Quando isso acaba?
Será que acaba?

Sempre me envolvo com coisas que comem meu tempo.
(E relendo o blog, vejo como minhas palavras, hoje, estão chulas)
Tempo, perfeição, paz, naturalidade..
Por quê essas coisas me veem de forma tão difícil?

Adeus e Cumprimentos?

D.
Depois que eu saí do conforto dos seu braços (a princípio foi quebrando paradigmas) , vivi tantas coisas. Tantas sensações, medos, conhecimento de outros mundos, lugares, seres. Tantas mudanças externas, maiores internamente.
Acho que sempre esqueci de agradecer todas as vezes que você dormia ao meu lado, contava histórias para eu pegar no sono sem que nenhum monstro pudesse me atacar. Você, que sempre me ensinou várias coisas, me protegia de tudo e todos. Sempre queria meu bem, queria cuidar de mim. Você era muito feliz, não era? Não posso dizer o mesmo, desculpe. Sempre existia aquela vontade de fazer algo louco que você não concordava. Afinal, sempre que eu ficava com raiva de você, te chamava de pai. Mesmo assim, foram três anos. Estes que não vi muito crescimento pessoal, mas mudei muito com você. Aprendi muito. Principalmente a sua frase, que nunca sai da minha cabeça: 'Não me arrependo das coisas que faço, porque se fiz na hora, é porque eu achava que aquilo seria certo.' Eu queria, ainda, ser sua amiga, ouvir sua voz de vez enquanto, sair pra conversar, jogar video-game, preparar cosplay, jogar rpg, assistir a hora do pesadelo. Mas sei que isso seria muito pra você. Bem, só posso ficar com saudade e dizer adeus bem baixinho. Na verdade, você nunca vai saber que eu lhe disse isso.

F.
Meu caro, que nos perdemos. Mas perdi tanta coisa. Conversas que me intrigavam, que palavras eram inúteis, tanto aprendizado. Coisas novas, diferentes. Afinal, eu era uma garotinha. Você, tão parecido com meu Demian, me seduziu de forma errada. E deixei por me levar, entreguei a algo que não passava de palavras. Era ali que deveria morrer. E agora já não sei se vale tentar, ou desistir de vez (sendo que não estou com vontade de voltar)

D.
Não sei quantas vezes eu menti pra poder te ver. Lembro de cada cheiro, cada sabor misturado. Cada nuvem que se formava pra chover, e nós, procurando bancos pra conversar. Nos ver. Olhar seus olhos fofinhos. Tão doces. Inocentes. Seu jeito perfeccionista, organizado, centrado. Sonhos lindos e loucos, querendo ir pra outro lugar, constituir uma família, vida profissional. Era tudo tão fácil. Estava crescendo, conhecendo outro mundo mais diferente. Mais próximo a realidade. Eu apostei. Saí do conforto, da comodidade para ir conhecer você, mas te deixei ir, não sei porquê. Um dia, talvez, eu entenda esse meu estado caótico que não compreende a felicidade. Sinto saudade, sinto falta. Mas, mudamos. Saímos de sintonia (mesmo que possuímos nossa essência).

W.
Ligação, conversas, signos. Teorias loucas, mágicas, testes progressivos. Lágrimas.

F.
Um gramado. Uma festa, eu louca, no meu mundo. Você chegou de qualquer maneira. Eu fui de qualquer maneira, depois, racional. Não sei porquê fui tão verdadeira, porquê disse meus medos, e fiz com que você entendesse porque sou um monstro. Mas não me escutam, e te fiz chorar. Estraguei planos, estreguei a vida. Continuo com a minha, mas acho que te despedacei um pouco.

W.
Palavras são incapazes de explicar qualquer coisa quando me refiro à você. Você que tento guardar para não machucar. Que tento proteger de mim mesma para não te ver chorar. Eu realmente não sei se devo fugir ou ficar. Fingir que estou bem, levar uma vida 'normal' com você. Não querer influenciar (mais) na sua vida e decisões. Te ver de longe, e sorrir, quando a vontade é me afundar no teu ombro, chorar silenciosamente, respirando junto da sua respiração. De olhos fechados, no nosso mundo, que eu crio todos os dias. Me perder no som da sua voz e no timbre dela. No cheiro do teu corpo que ficou guardado de cada abraço. Tantas observações loucas (doentias, rs)dos teus olhos. Às vezes deixo-me perder nos pensamentos - quero ver onde me levam - me levam pro teu lado, pra tua essência, nem sei mais o que significa isso tudo. Houve um pequeno choque, e mais medo ao tocar-te. Eu não sei direito o que fazer. Por ora, é melhor ficar parada, sem movimentos bruscos, na verdade, sem qualquer movimento perto de ti. Como um corpo 'morto', apenas sonhando leve e longamente com tua voz.

14/04/2013

Então, Werther!

Por que fazes de mim este poço de indulgência?
Um poço sonhador, de pensamentos longínquos e saudosos.
Lamentando os dias perdidos, dias de saudade.
Dias que tardam acontecer.

Era na mente que deveria viver
Viver essa ligação, sentimento, sensação.
Viver no silêncio e escuro do quarto
Que está me consumindo deliberadamente, todos os dias,
Todas as horas - que não há uma sequer que eu não pense nisso.
Óh Demian, sei que errei transformando-te em algo palpável
Algo existente.

Novamente, encontro-me solitária no mundo que criei.
Mas posso recriar tantos outros personagens,
Tantos outros mundos e vontades..

Beatrice e Werther irão me acompanhar agora?
Demian, Morgana, Morguine, Epaminondas, Ofélia, Charlie..
Quantos outros? Tantos outros..
Onde se esconderam, meus amores?
Só sobra o cheiro do vinho, o frio que vem pela janela e a saudade de vocês.
E não tenho força para lhes chamar.

Werther? Me escuta?
Oh, querido, diga que sim.
Diga que lê todas minhas palavras para ti.
Pois estou fervendo, fervo todos os dias.
Queimo. Modifico, identico!
Sua voz vibrando no banco de madeira..
Se soubesse quão prazeroso é, para mim, senti-la.

Um pouco de inquietude, esperando o momento certo para concentrar as forças.
Concentrar os aprendizados para esquecer, ou ser feliz.
Ambos, quem sabe.
Ao mesmo tempo que penso em partir, fazer uma loucura,
Penso em conquistar uma vida por mim mesma.
Quero ir embora contigo
Mas há algo em mim que pede pra eu ficar um pouco mais sozinha.
Crescer um pouco sozinha, sem ajuda..

-Mas isso é egoísmo!?
- Egoísmo é querer ser feliz do lado de outra pessoa, fazendo com que a felicidade se baseie nela. Apesar que estou a ponto de me satisfazer. Egoísmo é querer ver a felicidade do outro, sentir que está bem..?
- Se é egoísmo, não tenho certeza, mas é felicidade, pureza, inocência, realidade, necessidade.
- Quantas vezes me perdi nas minhas próprias criações, próprias (des)ilusões..!? Sempre sonhei lúcida, e às vezes peço para que a lucidez me abandone. Peço para que meu olhar objetivo se cegue, e deixe-me conduzir apenas pelo meu instinto e sentimentos - estes que sempre me sufocam, me deixam perdida com pensamentos e sonhos - Perderam a eloquência. Aqueles velhos sonhos antigos, que talvez nunca tenha abandonado realmente, talvez por acreditar demais, talvez por isso, eu precise vivê-los. E farei isso com todos os meus. Sonharei profundamente, em vigília, para que se torne natural, para que minhas energias e forças se canalizem para eles sem muita força.
- Olhe, minha cara, não precisas de mim, pois sabes o que tem a fazeres.
- Preciso! Pois necessito da tua voz, mesmo dizendo coisas que eu não escute muita vezes, por não prestar atenção, por simplesmente me perder no timbre dela. Por simplesmente me perder nos teus olhos, no toque do teu rosto..
-

O Sofrimento do Jovem Werther - J.W. Goethe (Excertos)


Maio, 4

''Quanto ao resto, sinto-me aqui perfeitamente bem. A solidão, neste verdadeiro paraíso, é um 
bálsamo para o meu coração sempre fremente, que transborda ao calor exuberante da primavera. 
Cada árvore, cada sebe forma um tufo de flores, e a gente tem vontade de transformar-se em abelha 
para flutuar neste oceano de perfumes e deles fazer o único alimento.''

Maio, 17


''Ah! por que a amiga da minha juventude está morta? Por que cheguei a conhece-la, ai de mim? 
Poderia dizer a mim mesmo: "És um insensato em busca daquilo que não se encontra neste 
mundo". ''

Maio, 22

A vida humana não passa de um sonho. Mais de uma pessoa já pensou isso. Pois essa impressão 
também me acompanha por toda parte. Quando vejo os estreitos limites onde se acham encerradas 
as faculdades ativas e investigadoras do homem, e como todo o nosso labor visa apenas a satisfazer 
nossas necessidades, as quais, por sua vez, não tem outro objetivo senão prolongar nossa 
mesquinha existência; quando verifico que o nosso espírito só pode encontrar tranqüilidade, quanto 
a certos pontos das nossas pesquisas, por meio de uma resignação povoada de sonhos, como um 
presidiário que adornasse de figuras multicoloridas e luminosas perspectivas as paredes da sua 
célula ... tudo isso, Wahlheim, me faz emudecer. Concentro-me e encontro um mundo em mim 
mesmo! Mas, também aí, é um mundo de pressentimentos e desejos obscuros e não de imagens 
nítidas e forças vivas. Tudo flutua vagamente nos meus sentidos, e assim, sorrindo e sonhando, 
prossigo na minha viagem através do mundo. 


Junho, 16

''- Se essa paixão é um crime - disse Carlota não posso ocultá-lo.''

Há uma tal harmonia na sua pessoa, parece tão alheia a todas as preocupações!







Days to remember.


    Não sei porque a felicidade vem à mim em espécie de dor, solidão, coisas sombrias, estranhas,  tempestuosas, medonhas, inatingíveis. Mas por um momento eu cheguei no ápice dessa felicidade, que achei que era incapaz de senti-la, de possuí-la alguma vez. Foi no teu abraço em que me perdi e me encontrei várias vezes. Foi as duas únicas vezes que eu me senti completa, respiração completa, coração batendo como deve bater para eu continuar sobrevivendo.
    Tantos olhares, impaciência, medo.
    Enquanto a chuva nos observava, talvez risse de nós, eu observava teu olhar complexo, sentia o que queria me dizer, sentia como se brincássemos debaixo da chuva, juntando folhas. Eu poderia simplesmente sair de lá, ir pra outro qualquer lugar contigo. Mesmo sob a chuva, sob frio.. Poderia juntar minhas coisas e andar. Rodar qualquer estrada, rodar qualquer distância, fugindo para encontrar o que é frio, o que é neve, o que é silêncio, o que é a puro.
   Logo depois de todos esses sonhos, pensamentos, ideias, enquanto tudo acontecia, precisamos voltar à realidade. Eu precisava voltar à realidade.
   Um choque térmico, um sensação cortante no corpo inteiro. Como se me despedaçassem e me deixassem viva, tentando sobreviver. Eu vi: a terra é negra, a chuva é fria, dolorida. Os barulhos não são harmoniosos, não me sinto parte da natureza.
   Na solidão do meu quarto, retomo todas minhas forças para sentir novamente a vida pulsante que eu experimentei. Recorro à todos meus rituais purificadores para te encontrar.
   Sonhos, insanidades, eu poderia recomeçar uma vida com você em qualquer lugar, em qualquer canto do mundo.
   Todas sensações anteriores, recorro à elas, porque nelas minha visão estava em paz, meu corpo estava paz. Minha insanidade correspondia às vontades. Agora me entrego, de olhos fechados.  
   Não te quero como qualquer humano, se ainda consigo te enxergar como um. Possuo seu rosto e sua voz na minha mente, aos poucos, se tornam cores, riscos, pensamentos, e então te vivo. Ao mesmo tempo que isso basta, quero novamente renovar suas palavras, seus olhares, sua presença.  Suas palavras .. As mais pueris que já ouvi. Mais sinceras, tristes e tímidas. Se um dia eu conseguisse e pudesse te fazer bem, cuidar de você.. Pudesse tirar uma parte da sua dor.

Planos, 2013.


Quantos planos já deram certo pra esse ano?
Quantos outros já planejou daqui em diante?
Quantos outros está correndo atrás para realizar?

Muitos meios já compreendidos. Falta coragem para partir. Coragem mesmo é o que falta? 

Sonho, confusão, coesão.

É uma doença gastar (compulsivamente) dinheiro
É outra doença, guardá-lo.

Minhas palavras estão tão insuficientes, que penso em abandoná-las.
Os sonhos não estão cabendo mais dentro de mim, querem explodir de qualquer forma..
Agora penso de uma forma mais racional.. Só que não sei muito bem, se é pela racionalidade que quero ser levada.. Sempre foi assim, e tive medo. Mas não seria muita loucura simplesmente abandonar dezoito anos construindo..

(Construindo algo pra quê? Para viver, e encontrar a felicidade - E se o que construí não alimenta a felicidade, deveria então mudar, para encontrá-la. A qualquer custo, a qualquer distância. O amor, paz, tranquilidade, sorrisos, lágrimas pueris.. - Talvez eu esteja tão iludida pelos meus próprios sonhos. Talvez eu nem saia de casa. mas é nessas horas que preciso criar coragem e continuar sonhando. Pois uma vez aprendi, e vivi, que com os sonhos, é a melhor maneira de continuar a viver. Fora isso, o sentido da vida diminui. Sonhe, enquanto for possível, enquanto há o frio na barriga em pensar nos lugares .. Sonhe, mesmo que for longínquo para alcançar, mesmo que for proibido ou caro. Simplesmente sonhe)

.. Também não estão fazendo muito sentindo. Tantas vozes querendo falar, escrevo de qualquer forma, a coesão me abandona em dias assim.. Em todos os dias.. 

13/04/2013

Amigos solitários.

Os meus amigos estavam em copos de bebidas e na fumaça dos cigarros?
Hoje, eu os procuro, e não encontro mais.

Aquelas músicas todas também..
Hoje, eu não os encontro mais.

Meus amigos imaginários podem entender as minhas festinhas solitárias,
Porque eles não se importam se terá chá pra beber e incenso pra respirar.
Talvez eu esteja revivendo a mais bela parte da minha vida,
Só com medo de estar feliz e voltar a gostar da solidão.

Então, a música pura volta aos ouvidos,
Injeção de coisas boas apenas..
A liberdade está na purificação,

Vícios.. Adeus. 

Trip I

Então chovia. Molhava nossa alma, em diversos cantos..
Sinta o cheiro do inverno comigo. Como tudo é diferente.
Apesar de já conhecer, e bem, as estações do ano!

Mas a cada passo, cada cidade, tem um sabor diferente.
Quantas pessoas, quantas coisas!
Como é lindo.



10/04/2013

Demian.

- Há uma vida..
- Há uma vida?
- Há uma vida!
- Caramba, por pouco, eu me perco totalmente. Esquecendo..
- Pode deitar aqui e falar comigo.
- Hm, obrigada. Sabe, a verdade é que mesmo eu sendo uma louca com minha rotina e horários, sempre me perdi na minha mente. Sempre tinha que manter e viver esse paradoxo. Se eu parasse algo, era como se perdesse o sentido.. Mas qual mesmo o sentido, quando o que resta é ter um olhar sociológico, sair dos costumes, aprendizados e entender a vida de outra maneira, vivê-la de outra maneira. Mesmo que me chamem de louca, ou estranha. Um dia, eu voltaria a ser invisível, e ninguém sentiria falta. Pronto. Não preciso mais me preocupar. Apenas a casca vivendo por viver a agradecer o corpo que foi dado, todas experiências recebidas através dele.. Mas a mente, foi pra outro lugar. Não sente mais. Não.. Não. Nãe. Nãe. Nãe!
- Doce criança, tão perdida, com medo. não é? Vejo tantos sonhos nos teus olhos.. Eu gostaria de partir contigo..
- Vamos, vamos, vamos agora, vamos amanhã, qualquer dia, qualquer hora. Simplesmente vamos.
- Eu não posso, mas conheço alguém que pode. Alimente sua coragem, mais do que alimenta seus monstros, então chame-o e vá.
- *-* Obrigada! Tinha esquecido de quão bom era olhar pros teus olhos, sentindo o cheiro do café da sua caneca.. Ter seu calor novamente.


08/04/2013

Estranho mundo real.

Mudanças exteriores estão me deixando um pouco confusa. Vou me perder aqui mesmo, que é onde sempre recorro, sempre posso ficar protegida. Eu deveria parar de temer, e ir embora.

Pequenino irmão.

Por favor, meu querido irmão. Venha brincar comigo esta noite.. Estou com medo de olhar debaixo da cama, e os monstros me puxarem. E não quero dormir sozinha. Vamos assistir um filme, que seja. Tanto faz. Tomar chá, ler hqs, pintar, desenhar, qualquer coisa. Me ajude a ficar distraída. Venha me proteger, deixe eu deitar no seu colo, olhar seus lindos olhos negros brilhantes. Vamos comer bolo de caneca, com avelãs e sorvete. Só preciso que você venha me ver dormir, e me proteger. Eu sempre protejo você de mim. 

Protect me.

Morgana. :l Você disse que iria me ajudar, mas você parou de contar meus batimentos cardíacos.. Quanto tempo eu estou trancada nesse mundo? Quanto tempo os duendes fizeram minha cabeça, criando outra realidade, enquanto o corpo sofre e morre?
Por favor, venha me proteger, não gosto de ser um peso para ele. Me ajude, Morganinha.. Você sabe que mesmo que eu a odeio, amo-a. Olha quantos monstros vem sussurrar coisas no meu ouvido. Olhe quantos perfumes eles trazem pra me enfeitiçar.  E ainda deixam tudo escuro para eu não ver os dias passando.
Só venha me fazer dormir, para que eu consiga dormir em paz. Leia meu livro favorito (que me faz acordar bem no outro dia)

Muita novidade com saudade.

É lindo escutar as músicas que eu escutava quando pensava e lacrimejava em você.
É dolorido, é confortável.
Tantas histórias criadas, recontadas, renascidas na minha mente.
Agora, vou pra um lugar onde eu não conheço o cheiro,
Terei que me reabituar..
Mas seria assim a vida com você
Todos os meses me re-acostumar com algo novo.

Então sim, poderei chorar, morrer, acender velas, incensos, insanidade, pensamento, todos meus monstros soltos pelo quarto. Ninguém poderá entrar para não se machucar.
Posso sentir os cheiros da casa nova, as vozes novas.. 

Olhos mutantes?

Viu as mudanças?
Sempre os olhares..
Nunca mudam mas dizem o que são.
Sempre a essência guardada
Mas modificada em certos pontos.
Sim, é mutável.
Uma mutação simbólica.

Palavras perdidas.

Colchão, velas, coberta, roupas, chá..
Lareira. Incenso, lágrimas, chuva, frio.
Guitarra, cello, dados, fogo.
Demian, poltrona, café, preto.

Livros, cheiro de livros,
Lápis de cor, papéis rabiscados
Escritos, em branco.
Neve (acho que a neve cai lá fora enquanto me perco aqui)

No food, no society
Yes nature, yes life.


Amigos imaginários.

Eu sempre estive sozinha.
Não havia alguém que pudesse brincar comigo.
Mesmo quando as luzes acabavam na cidade, todos estavam longe
Eu tinha que procurar as velas, o candelabro..
O sal, e ficar debaixo da mesa, tremendo de medo da chuva
Dos raios, trovões.

Em dias quentes, trancava a casa inteira
Morria de calor mas não abria a janela.
Sempre achei que houvessem ladrões rodeando a casa.
A internet nunca me ajudou a ficar distraída
Pois sempre ouvia coisas que logo corria para baixo da cama.

Nos dias das chuvas tranquilas
Era pipoca, chocolate quente, filmes, cobertas
Tanta comida, que eu não importava com nada.
Implorava pra brincar, mas ela estava muito cansada.

Agora, me acostumo com o silêncio e vazio do quarto.
Todas as coisas organizadas da forma em que presumo.
Ele vive aqui dentro, pois é a única coisa que me motiva ainda.
Me entende todas as vezes em que minha insanidade pulsa.

Todos eles me perseguem, mesmo que eu não queira mais brincar
Sempre foi assim, me chamando.
Tive e tenho que me acostumar, pois em qualquer que eu esteja
Eles estarão.

07/04/2013

Mate o terreno.

Você não acredita porque não conhece.
Você teme pelo mesmo motivo.
Mas faça todas as purificações para conhecer a verdade e encontrar a luz.
Sentir em todos os extremos corpóreos o universo, sem tem o que impedir a passagem e mutação do ser carnal.
Abasteça o que alimenta  a alma e deixe a crescer enquanto o corpo envelhece e falece.

Cabeça latejante pelo presente,
 coisas híbridas acontecendo.
Muatãnate, zástras
Psssssssssiu, brum!
Biiii, biii.









smack. toc, toc, toc
- ''olá, por favor, há sopa? 
- não camarada, hoje é dia das bruxas.
- então, traga muitos doces! *-*
- fez o pedido certo.

Mudanças novamente.

Foi um adeus tão fácil que eu não senti pena
Que eu não senti dor ou coisa do tipo.
Foi um adeus para eu me entregar ao meu sonho insano
E uma vida vivendo intensamente.

Você não entende que eu tenho essa capacidade
De viver em quantos mundos paralelos eu quiser.
Se o que eu realmente quero é viver na minha mente
O exterior precisa ficar limpo pra eu ver a verdade..

Insanidade escolher a escolha mais improvável
Mas me entrego de olhos fechados ao que vier
Me entrego a qualquer aventura que me chamarem.
Me entrego ao que eu sinto pra voltar a viver novamente.

Sei que tem raiva de mim
Por não compreender minhas escolhas
E sei também que deseja que eu não seja feliz se não for do teu lado.
Mas, talvez eu devesse pedir desculpas, eu serei feliz de qualquer maneira.

Todas as pessoas que eu não disse adeus foi porque eu sempre soube que elas voltariam.
Que elas fazem parte de alguma coisa que não pode ter acabado.
Também, mesmo que eu sinta saudade, eu não vou atrás
Por sempre achar que serei um peso novamente.

Agora, livre, pensamentos, medos, palavras
Atos, mudanças, vou.
Vou crescendo, me reajustando a qualquer custo
Reajustando a minha mente ao sonho..

06/04/2013

Exteriores.

Não desisto se você vier me buscar.
Estarei esperando de malas prontas.

Um dia terei que partir de qualquer jeito.
De qualquer forma.

Nosso sonho louco.
Eu já arrumei minhas coisas, peguei o essencial para irmos embora.
Você sabe onde me encontrar.

Find the way.

Como respirar sem se afogar?
 Afogar no oxigênio. 
Engolindo a própria língua.
 O corpo se retorcendo, 
entrando cada vez mais em si. 
Um ser desalojado, não encontrando seu lugar.


Infância pueril.

Estou em estado transcendental
Posso ver os dias mais claros, puros..
Tão doces quanto minha infância.

A infância é a fase da pureza
Sem malícia, apenas acreditando, confiando
E querendo ser feliz.

Planos infalíveis.
Possibilidades reais
Sem saber de obstáculos.



04/04/2013

look the light.

when there's a life the ligations changes all things that is around the crazy minds.
look the signals, look the little red point on the truth. your real life, the crazy minds finding and searching your own world, i hate all the voices. pplease.

Changes.

há sensação mais sobrenatural e saborosa do que entrar numa casa desconhecida?
onde são os quartos? como são as paredes, os móveis, a essência de cada indivíduo.
quanta história havia na casa, numa casa cheia de sonhos doces e pueris
a fraternidade entre os indivíduos, mutualmente, sofrendo um amor indecente,

Um monstro começou atacar brutal, friamente.
- Onde estará meu guerreiro negro?
- ''.. Não lhe respondo em palavras, tu sabes, mas meu olhar lhe protege.''
- Você mostrará o teu melhor para outra pessoa?

Eu sei que você é meu irmão. Lembro que brincávamos juntos quando pequenos. Como só sabíamos sorrir, e ver os olhos brilhando um para o outro. Quando terminava a chuva, saíamos de mãos dadas, pulando em cada poça, olhando o arco-íris noturno. Era tão lindo ao seu lado.
 No balanço que em cantávamos e olhávamos as estrelas. O Sol Negro, Estrelas-cadentes. Os programas de TV. Eu lembro de você irmão! Por que você foi embora sem mim? EU estava terminando de pegar nosso dinheiro, mas você não me esperou. Guardou suas energias, partiu como um foguete, deixando apenas pedaços, vestígios talvez. Mas se perder no espaço.. Tive que esconder minhas energias para te achar. Agora, resta me suas entranhas, e que posso conectar à minha mente, pois a casca foi quebrada, e há a liberdade.
Meu corpo foi despedaçado, e o que restava para as pessoas olharem era uma fina visão. Projeção na terra. Vivendo a vida perfeita em outro lugar. Nas montanhas, no campo, cavernas.



03/04/2013

Montanha Solitária.

Fechei meus olhos.
O grave nos abraçava
Fazia com que nossas lágrimas se unissem.

Pelas montanhas frias caminhávamos
Trocando olhares, e nossos mundos.
Trocando almas, e palavras (inexistentes).

Caminhadas longas pela manhã e pela tarde
Eu ouvia teu coração pulsando em mim
Tua respiração, sôfrega, como a minha.
Sentia você como parte externa,
Em outro corpo, mas a mesma essência.

Sentávamos na relva, coberta de neve, e gramíneas tímidas
(Como teu sorriso)
Tentávamos várias e várias vezes começar assuntos..
Mas trocar energias era suficiente para compreender
As sensações.

Enquanto observava tuas mãos
Que concentrava a energia
Eu via as cores, via os movimentos que elas faziam.
Parecia que você simplesmente brincava
Jogava de um lado para outro
E fez dela, um presente.

Um singelo presente, que guardei nas minhas veias
Que corre no meu corpo.
Corre como sangue
Como pensamento.

Que ainda sinto o peso e o calor
Sinto o que não sei definir.

Deixe o terreno.

Estou com saudade do seu sorriso,
Sua risada,
De namorar teus olhos,
E você não entender o porquê..
De deitar contigo,
No escuro do teu quarto,
Um leve vento entrando,
Levando a fumaça do cigarro embora.
a chuva caindo, deixando tudo mais calmo.

Minha mente mais calma,

Esqueça todos os meios físicos
Por favor, eu quero me perder em teus pensamentos.
Entender, ou imaginar o que tu pensas.

Quero quebrar o físico,
Quero deixar essa casca contigo
E vamos viver sonhos loucos
Pensamentos insanos também.

02/04/2013

Carta (?) de Desculpas e Despedidas (?)

Me chamem todos as noites. Só não suguem as forças dele, que quer me proteger, e me protege. Vejo a guerra de vocês, lutando pra ver quem me ganha. Por favor, não se matem. Eu preciso de vocês aqui. Vivos. Caso contrário, irei morrer. Literalmente. Tudo isso sempre me chama de volta, sempre me chama. Eu escuto, e quero ir. Sempre sobre uma ponta de vontade da felicidade, mas ela foge das minhas mãos. - Ou sou eu que cuspo-a todos os dias? Gostaria de viver em paz com vocês, comigo também. Mas eu sou o monstro mais malvado. Quero abraçar e sentir todos vocês, mas vão me machucar tentando me proteger de mim mesma, vou machucar vocês, quando menos esperar. Por favor, acreditem.

- Adeus. 

monstro colorido

justamente hoje
justamente hoje que eu estava fraca.
estava quase neutra na verdade
eu queria uma conversa com vocês.
não sei porque sempre desejo isso.
não sei porque isso é transmitido de vocês.
mas eu nunca tenha algo a falar.
nem mesmo uma boa amiga.
(uma casca vazia, cheia de sonhos vazios
sonhos que não passam dois anos a frente
como se tivesse uma parede me deixando cega)
um monstro que ama com a dor.
eu sempre demonstrei isso
mas ninguém quer acreditar..


01/04/2013

When TIme Doesn't Heal - Allen and Lande


Ah, o Hesse.

  Para falar do livro que atualmente estou lendo, e para dizer da saudade que tenho de Max Demian e Sinclair..

 [...]
  '' - Devemos dar importância a tudo, porque tudo pode ser decifrado.'' p. 83
  '' [...] nossa missão é conhecer de modo correto os contrastes, primeiramente como tal e depois como pólos de uma unidade. [...] cada um de nós é apenas um homem, apenas uma experiência
  

Oh, Hesse!

 À princípio, falo da saudade que tenho de Max Demian e Sinclair, de seus mundos.

Partindo para ''O jogo das contas de vidro'':

  '' - A maneira mais fácil de duas pessoas ficarem amigas, é quando tocam juntas.''

Rascunho V

Te vi num gramado azul
Teus olhos fugiam de mim
Deitei do teu lado, sorri
Então seu sorriso surgiu

O vento não passava mais
O tempo não passava, mas
Teu calor estava perto
Era como se estivesse certo


Morgana e Demian, aí vamos nós. Com ajuda.. Indo pro país das fadas. Adeus.

Rascunho IV

Ferrei com minha banda preferida pensando em você.
Não sei se você vai me abandonar
(vice-versa)
E tudo o que vivemos vai virar lembranças e dores.


rascunho III

Noite coberta você vinho espumante morganinha casa estudos bacharel teus olhos vida morte sonhos acabados erros.

 o mais difícil da vida é vencer a si mesmo. o que isso significa? significa abdicar de prazeres momentâneos para colher um e se transformar...