08/03/2013

Vinte (falsos) amigos e algo mais.



Não. Os dias não sãos os mesmos, as lembranças e saudades também não. Só uma coisa fica, ainda, em mim. O gosto do cigarro durante a aula. O sabor do trident de morango. Pensamentos avulsos. Vinte amigos comprados; praticamente todos os dias. Bate o vento, bate o frio, fome, sono. Mas não bate o sinal. Só quero mais uma vez levar-lhe à boca. Mais um amigo perdido. Queimado. Eu nunca lhes agradeci. Compreende minha insaciedade? Minha insanidade de queimar-lhes todos os dias? Com um fogo que não queima mais. Não queima meu corpo, porque já não o sinto. E ainda sim, a melancolia me chama todos os dias para tomar um café forte, no vento frio na porta da casa. As árvores, provavelmente, sussurram comigo. Mas a fumaça esbarra nas folhas e se calam; mais uma vez. 

Fumaças se intercalam no meu corpo. A inalação me deforma. Deforma. Forma incongruente dos detalhes. Lembranças de dias como hoje surgirão. Em breve. Todo segundo já sinto uma pequena saudade. Neste momento, revejo fotos, lembro de sensações. Está terminado o tempo de nostalgia. Sinto falta do que não posso marcar externamente. Internamente, fica uma parte vaga. Esperando, talvez, para ser preenchida com lembranças mais palpáveis (e vãs).

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 o mais difícil da vida é vencer a si mesmo. o que isso significa? significa abdicar de prazeres momentâneos para colher um e se transformar...