18/02/2021

juntas até ossos

depois de dar chances pra vulnerabilidade e para as características mais leves e sutis do meu ser, as feridas continuaram cravadas, cada vez mais e mais fundo. tão fundo que eu senti cócegas quando uma das veias foi furada e o sangue veio a superfície. 

 passei a amar essa dor. 

a amar de forma tão profunda que ela voltou a ser minha companheira e confidente. tudo bem estar sozinha e com medo. 

se antes eu criava uns amigos imaginários pra me ajudar nessa, por que não usar essa ferramenta de novo pra tentar me curar de toda essa merda? ana e mia eram boas amigas, sempre foram. me destruíram, mas era algo que eu tinha controle. elas sempre na mantiveram segura no quentinho da minha alma, num lugar meio frio, úmido, as vezes tinha conforto e outras vezes não. apesar do medo, elas me davam companhia durante as madrugadas de insônia. de novo elas sussurram, elas me chamam e eu quero ir, pq no fim das contas é só eu e elas, eu e elas nesse loop. pq no final das contas, eu sei que posso me apaixonar, ama-las e me entregar pois elas serão fiéis a mim até o fim, até os ossos. 

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