seu corpo moreno, grande, que podia envolver meu corpo moreno, inteiro, sem deixar nada de fora. você tinha a força pra levantar, mas eu tinha força pra te revidar. e eu me perdi no seu beijo, no afago daquele ar selvagem que você sempre exalou, naquele ar que mesmo sem te ver eu sabia que estaria ali ; me perdi na sua barba, nos seus cabelos encaracolados. me perdi no tamanho da sua mão, dos seus braços, e no seu cheiro - que eu quase ficava sem ar. queria que sua mão deslizasse sobre meu pescoço e tirasse o fôlego. queria sentir o seu calor entrando em mim. queria me deslizar por todo seu corpo.
eu senti seu corpo, eu vi seu corpo - tão lindo, tão cheio de vida, com aquela luz amarela-avermelhada que deixava seu olhar mais sensual, mais intrigante, instigante..
e não foi nada. não passou ds limites. foram apenas 30 minutos pra eu aproveitar tudo o que pudesse sem ter tudo de você.
sem te conhcer.
sem saber quem você era.
só depois, descobri mais sobre você. eu te vi tocando. e aquela frase com seu timbre nunca vai sair da minha memória: "quando eu vim do sertão,seu môço, do meu bodocó, a malota era um saco e o cadeado era um nó. só trazia a coragem e a cara, viajando num pau-de-arara, eu penei, mas aqui cheguei"
e foi tudo o que tenho de você em mim. o que eu deixei em você?
toda vez que ainda te vejo eu me intrigo com seu ar e sua postura. eu fico instigada a entrar em você e cavucar suas experiências e seus gostos musicais. e eu ainda queria me perder nos teus cabelos-mais-longos-que-os-meus. e queria saber se você saberia me tocar igual você toca música.
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