29/01/2014

Foi um desperdício ou
A escolha correta para a minha liberdade?
Deixar que suas palavras ilusórias ativassem meu lado mais sombrio
Que me levassem a mundos inatingíveis.

O que seria de mim, se eu ainda tivesse você do meu lado?

Seu cavalheirismo foi desmentido.
Sua contradição, negada.

Porém, não posso condenar nem lhe salvar de sua morte
Peço apenas que se vá
E não segure minhas mãos
Não segure minhas lembranças.

Nem por dó, ou piedade,
Ou a ''simples'' amizade que nos mantínhamos
Eu não posso e não quero mais ficar.

Minha liberdade pede coisas diferentes
Do que seu resgate do passado
Que ainda lhe mantém preso.
Querendo escorrer nas tuas mãos.

Minhas mãos são pequenas demais
Para levar algo tão grande
E inútil agora.
Não preciso de ajuda pra carregar essas lembranças.
Pois as que necessito
Estão bem guardadas.

21/01/2014

Estou aqui e
Acolá

O conforto
Acabou

Quero poemas que não fazem parte de mim
Quero poemas que na verdade sou eu
Mas se isso sair, irá ficar
E se me silencio eu mato
Se mato, não sou mais eu.
Um fantasma qualquer
Virando na minha direção oposta.

18/01/2014

Apenas quando me permito,
Quando me sinto
Uma onda de dúvidas consomem meus pensamentos insanos.
E o que me resta, o que será de mim?

A falta começa a apertar
Mais uma falta mal sentida.
Uma falta malfeita e insossa.
De fato, não me faz falta
Porém comparações desnecessárias lembram-me da minha incapacidade.

E o que será de mim novamente?
Minha loucura à flor da minha pele
Sussurrando e lacrimejando pelos poros
Que sou... Nada?

Ainda posso me libertar de tudo isso.
O meu tempo está estipulado.
Nada e tudo a perder.

E que a verdade possa me ferir a cada instante
Possa tirar cada casca que resta do casulo
Que eu possa encontrar a luz
Que consiga abrir meu olhos.

Que não dependa mais dos medos. 

04/01/2014

Psicoatividade

   A realidade deveria ser suficiente.
   Não poderia ficar fugindo para mundos inexploráveis, deploráveis.
   As imagens era em demasia coloridas, toda a natureza possuía tanta vida!
   Imagens retorcidas, sensações retorcidas. Mentiras!

   Utilize o tempo para fazer as coisas serem diferentes. Utilize o ano novo, o dia novo, semana nova, tudo em prol de ser uma pessoa melhor - ou menos, não ser tão distante.
   ''Transforme a dor em conhecimento.''
   Não caia novamente. Continue caminhando, mesmo com os pés doloridos. Talvez algum você possa descansar. Porém, enquanto este dia não chegar, continue. Mesmo que o sangue deixe marcas por onde andou. Permaneça. Permaneça na realidade, mesmo que não lhe agrade muito. Aquilo é ilusão. O ponto da face oculta dos medos. É o portal para tudo que estiver em volta, entrar em você. 

03/01/2014

Fervilhantes

   O que seria de mim sem o tempo? Eu estaria na minha mais profunda insanidade, sem ter que me levantar e esforçar para viver um futuro mais que incerto. O que me guiava outrora, seria apenas algo tão natural. Eu precisava contar meus batimentos cardíacos para não me perder nas sombras. Eu precisava do equilíbrio. Não que eu fosse uma pessoa equilibrada, mas só o fato de conter algo que me lembrasse a realidade era o suficiente para me manter intacta - ou quase isso.    E se eu não percebesse o relógio? Na minha incapacidade, perceberia o céu, as estrelas e seus movimentos? Talvez eu estaria tão desolada, tão fatigada, que estaria deitada, quase falecendo à deriva de um desconhecido, que me levaria sem eu saber - o tempo.
   E se não fosse ele, por que mais eu esperaria? Quem mais me consumiria enquanto eu não soubesse o que fazer? O que mais me deixaria ansiosa, corroendo meus dedos, meu cabelo e meu estômago? 
   O que seria de mim se não houve meu tempo de sonhos, meu tempo de conquistas, percas, incertezas, neutralidade... O que seria de nós - eu e o tempo - um sem o outro? Ele sub-existiria como vem e vai. Eu apenas deixaria de existir para mim. Um grão, uma molécula. A minha (falsa) complexidade. O que sou? 
   Na floresta, diante a natureza, diante ao meu renascimento e à minha maternidade, a maturidade cresceria? Diante ao meu berço, estaria protegida pelas águas e terras, pássaros e animais quadrúpedes? Meu silêncio conseguiria manter-se engasgado, ou precisaria inventar quantos mais amigos, ou Deus me seria suficiente? Deveria ser. Deve ser. Devo conter, e ser tudo o que posso. Devo fechar meu olhos para deixar de ser cega. Devo deixar meu corpo para aprender a sentir. Não que seja um dever. Eu quero. 
  Toda essa complexidade caótica, resulta da saudade da minha natureza. Quero encontrá-la. Preciso encontrá-la. E fugir para me encontrar. Estar na busca constante de...

02/01/2014


... pela primeira vez, não tenho um plano B, pois pela primeira vez não tenho medo, e enfrento o que for preciso: homens, monstros ou o tempo.


 nosso silêncio,
só,
teus olhares e sorrisos,
 a penumbra iluminando teu rosto, e,
 apagando meus pensamentos,
me concentrando e
 desconcertando-me apenas em ti. 

 o mais difícil da vida é vencer a si mesmo. o que isso significa? significa abdicar de prazeres momentâneos para colher um e se transformar...