28/10/2013

Entre sonhos e realidade, onde a minha reside mesmo?
Às vezes me perco nesse turbilhão de pensamentos tolos
Que não sei ao certo se possui um no qual eu exista.

São apenas sonhos vãos que me deixam confusa,
e no fim só resta eu e lágrimas?
Apenas memórias confusas, e a busca da realidade.
Apenas sonhos confusos e busca da felicidade.

Me apague, me lave com chá de pêssego
Me deixe no sol das manhãs de novembro.
Me deixe perdida nas minhas leituras embriagadas.

Parta com o seu silêncio e sentimento.
Apenas, deixe-me sem saber onde estarás.



24/10/2013

   Não seria estranho se um dia eu acordasse, e não reconhecesse mais ninguém. Apenas rostos brevemente conhecidos, uma dor de cabeça insuportável e uma pergunta inebriante: Por que essas pessoas ainda sorriem para mim? Sou uma desconhecida em todos os âmbitos sociais, e continuam na tentativa tola de me agradar, e de chamar a minha atenção. Quem são essas pessoas que mal reconhecem minhas expressões e continuam achando que eu era como antes?
   Me mudei de todos vocês, (ainda vivo em quem vive em mim todos os dias), me modulei na forma mais diferente do que eu costumava ser. Nessa nova perspectiva, só entra no meu mundo quem eu permito, e eu permito apenas uma pessoa. 

21/10/2013

Sentimentos vindo com a chuva, ou vindo com o outubro?
São esses sentimentos encubados
Transformados numa voz medrosa e orgulhosa
Por ter que se submeter a tal ponto.



Todos esses teatros, qual eu devo crer que é minha realidade?
- Do qual você sente que não é uma brincadeira.
Não seria melhor encarar a realidade, e viver solitária?
- Não, todos meus dias são teatros, que me moldo facilmente nos meus personagens bobos e infantis, dos quais alimentam cada ser em mim. N

20/10/2013

Vou quebrar o seu silêncio e sua seriedade.
Vou rir das suas palavras e mostrar que tenho controle.
Não me deixarei seduzir (novamente) pelo seu olhar e pelo seu toque
E por suas ''belas'' palavras poéticas, românticas, teatrais e decoradas.

Só mais uma chance para não nos perdermos novamente
Só mais uma chance pra eu viver em paz e feliz
E não ter o remorso de mais um ato ''inesperado''.

Não quero mais trocar minutos por uma vida inteira de felicidade
De realidade.


Não quero me entorpecer de remédios, drogas e suas palavras.
Quero a realidade nua, crua, dolorida que só ela...
Mas me traz tanta felicidade. Tanta paz.
A minha realidade está modificada.
Ela vive na minha mente.

Meu corpo é apenas um casulo, uma casca de ovo
Para proteger e gerar a verdadeira dentro de si,
E depois quebrar, romper a casa, para enfim
Voar livre e em paz! 

18/10/2013

Eu queria que me soprasse
Que eu fosse junto com a água gélida pelo ralo.
Pra acalmar minhas expectativas
E meus instintos carnais.

Dentro de mim, eu chorava
Minhas lágrimas escorriam em forma de sangue
Me punia, me perseguia;
Nem a lua poderia me acalmar.

Entre os delírios noturnos e
Sonhos medonhos
Meu coração, ofegante pedia ajuda
Estou sozinha?

Não posso rir nem chorar

Me levou embora.
Me arranque e me rasgue
Me despida, me despeça

Finja que sou eu mais uma vez
Deixa eu sonhar com essa brincadeira escrota
Torta na minha imaginação.





15/10/2013

Quero chover em ti
Sentir teus cabelos, correr por tua testa
Escorregar nas tuas sobrancelhas
Com alguma sorte, tocar tuas pálpebras e teus cílios
      (o mais próximo que consigo de tocar teus olhos)

Dificultosamente, passo pelas maçãs do teu rosto
E chego na tua boca
Onde me derreto pelos doces beijos. 

Chovo mais um pouco,
Caminho pelo teu pescoço
Onde sinto teu coração pulsando o sangue.
Escorrego pelo teu peito,
Procuro algumas curvas das costelas
para eu ter o mínimo de prazer.

Encontro com tua barriga e respiração ofegante
Quero descansar aqui
Quero lhe fazer cócegas...
Mas a gravidade continua me atraindo
   (ainda mais do que tu consegues me atrair)

Desço, pingo. Abandono teu corpo.
Outras partes de mim continuam escorrendo pelas tuas pernas
Por onde saboreio as curvas dos teus músculos
Ando um pouco tora nos teus joelhos
Me apaixono ainda mais pela tua tíbia tão reforçada


Finalmente, chego aos teus pés, e me despeço totalmente de ti.

  (mas irei chover em ti todos os dias)





Poderia chover
Me enfadar de guloseimas
Assistir um longa metragem
Ter o meu amor ao meu lado.

O que temos pra hoje
É um tempo emburrado
Estudos emaranhados
E uma cólica dilacerada.

Enquanto eu não puder admitir isso tudo
De mim pra ti
Que eu sou tua
Vou ficar na minha linha de segurança

Vou ficar no meio termo
Vou sorrir e
lembrar que a felicidade ainda não flui
naturalmente sem ti
Me vem a culpa e leva-me o sorriso.
Me vem teus olhos, leva-me a consciência
Volto a respirar, ofegante
Tateando teu ombro pra eu me apoiar
Me entregar de olhos fechados
(enquanto a água escorre nos nossos corpos)

Agora eu posso viver em paz.

14/10/2013

Arvo Part - My Heart's in the Highlands

Vou me perder nessa indecisão
Nessa exclusão que eu crio pra fugir do mundo
Nessas doenças que me deixam fraca
E talvez, a possibilidade de sonhar com um dia melhor.

São só minhas doenças que me salvam e me matam
É só essa tristeza que insiste em apagar meu sorriso
E o efeito passando, da minha loucura.


Só uma louca, alienada
Desesperada e abandonada
     (pela felicidade)

No fundo, excluído,
Reprimindo a vida inteira.
Sufocando os próprios pensamentos.

Não aceitava e
Não permitia mais pessoas ali
Só pra não aceitar sua própria culpa
E sua própria fraqueza.

Esqueceu como sorrir
Esqueceu de ser mais leve.
Matou todos
Enganou e abandonou.

Todos seus sonhos
Resultaram em solidão
E na angústia de viver seus dias isolada.

Não me preocuparei.
A vida flui, e me surpreende.
Me entrega a felicidade como a minha natureza requer.

E então...
Por quê duvidar de algo que é certo irá acontecer?
Eu me quero novamente
Me encontrar e me perder
Ter minhas insanidades e
Hiperatividades à flor da pele.

Quero a minha criança a me acompanhar
Quero meus vícios e coleções na minha prateleira.
Quero meus sonhos sem medo
Quero meus sonhos virando realidade.

Tudo flui
A felicidade flui
Em mim,
Em cada gesto e detalhe.

Os detalhes

Se eu me perder
Não me tire daqui
Me veja, de perto ou de longe
Não prive minha brincadeira.

Eu vou viver meus sonhos
Até que se tornem realidade.


10/10/2013

   ''Não se aproprie da inexperiência como desculpas para a inabilidade. Utilize o tempo para aumentar a competência.''
   '' Não verbalize os medos e incertezas; eles podem ficar maiores do que já são. Enquanto estão na mente, são apenas pensamentos. Quando verbalizados, podem se concretizar.''
Não quero que me consuma, apesar de desejar, por alguns segundos; quando minha cabeça começa a perder a razão, e só os monstros sussurram, no meu ouvido, medos que já deveriam ter sidos enterrados.
Foi-se embora o controle, a fome, as unhas e os dedos.

A cada passo lembra a dor gritante do peso a carregar. O corpo grita, mas a mente não coopera.

Espero que quando eu morar nos teus olhos, o barulho deles seja suficiente pra me ensurdecer e não consiga dar atenção para meus monstros.

08/10/2013

Quero saborear suas palavras
juntamente com teu cheiro.
Tudo me envolvendo numa
psicose mirabolante.
Permita-me embebedar-me dos teus olhos
Fascinantes, sedutores dos meus sentimentos.

Deixe-me saltar nos teus cabelos emaranhados
Perder-me nos teus pensamentos complexos
(E adoráveis).

Dos teus medos, permita-me trancafiá-los em minhas mãos.
Então, descansa tua cabeça no meu peito
Com alguns fios do meu cabelo roçando teu rosto.
Que volte uma respiração fluir no corpo de dois.

Na fúria dos meus monstros em contato com a realidade
Procuro acalmar as mãos inquietas e se escondem.
Mas quero tuas mãos nas minhas para que eu posso continuar.

  Não lembro onde deixei meus sapatos e porquê os espelhos. Não deixei mais que as lágrimas fluíssem, igualmente, proibi meus sorrisos.
  O silêncio nada constrangedor, com pensamentos insossos a respeito de mim e do céu.
  Onde estava minha cabeça? Eu aceitei... Um pedido. Antes do tempo.

  Que tempo este quando está parada no tempo, avançando e retrocedendo, como um controle remoto. Como um jogo repetitivo. Caminhando, escuta as folhas secas, e o vento frio sobre a pele frágil. Abandonou a fortaleza, entregou-se à mediocridade. Abandona o térreo, e voa a cada quilômetro... - Que pessoas são essas? Eu não deveria estar aqui. Toda a mina obsessão, eu as quero de volta, minhas doenças que foram esmagadas. Me deixe ficar no escuro novamente. Ele me conforta. Me traz de volta a tranquilidade e assim posso caminhar devagar.
   Perdida no tempo e no espaço, me pergunto todas as vezes, quantas pessoas ainda conseguem me ver. Mas o meu silêncio ainda fala alto demais. Congele a todos. E deixe que o frio faça todo o seu trabalho.
   O sangue deixará de correr, aos poucos, mal se percebe. Vem de mansinho, me leve, sorrindo, sem dar tempo de dizer um adeus. O que resta no olhar, é o suficiente pra compreender a dor. 

05/10/2013

- São apenas eu e minhas doenças inventadas
 - Só pra chamar a atenção, por isso deve sofrer em silêncio. Chega de mentiras. Você está em cansada.
 - ... Eu só achei que isso seria uma boa opção.
 - Bom pra quem? Ninguém mais precisa saber disso. Você sempre soube que seria assim. Não grite. Pare de chorar. Ninguém pode te ver chorar. Estão cansados disso e de você Só o silêncio é o suficiente pra incomodar. Fique invisível o máximo que puder. Faça o que quiser, mas não conte pra ninguém.



   Espero que mais pra frente eu não tema a chuva, nem raios ou trovões. Não por eles em si, apenas pelo fato de não poder ficar deitada do teu lado enquanto eles caem. Eu não queria ter essa lembrança enquanto não pudesse acreditar nisso cegamente. 
     A única coisa ruim de ser criança é que tudo não passa de brincadeiras. E quando se torna adulto, as brincadeiras se tornam sonhos utópicos. Não sei se não quero crescer pra continuar brincando, ou se quero amadurecer e ter essa brincadeira como uma lembrança dolorida.
      

 o mais difícil da vida é vencer a si mesmo. o que isso significa? significa abdicar de prazeres momentâneos para colher um e se transformar...